sábado, 27 de agosto de 2011

22 DE AGOSTO - DIA MUNDIAL DO FOLCLORE

ESCOLA RUI BARBOSA - CULTURA DA REGIÃO SUL DO BRASIL


O folclore é a expressão de uma cultura. É a soma da cultura material, dos costumes e tradições de um povo expressos de diversas maneiras (oralmente, por escrito ou encenados), embora muitas vezes o termo folclore seja atribuído apenas para a literatura oral. Todos os povos têm folclore. Conhecê-lo e estudá-lo significa contribuir para que se mantenha vivo e, conseqüentemente, através da sua preservação é possível perpetuar cada cultura. Muitas vezes é preciso estudar o folclore para verdadeiramente entender a história de um povo. Através do folclore o homem expressa as suas fantasias, os seus medos, os melhores e piores desejos, de justiça e de vingança, às vezes apenas como forma de escapar àquilo que ele não consegue explicar. As histórias são diferentes mas o imaginário dos povos já provou ser muito parecido. O folclore brasileiro é bastante rico porque reúne a herança cultural dos nativos, dos portugueses colonizadores, dos africanos e de outros imigrantes europeus. Sendo um país grande e diverso, em cada região as manifestações também diferem.
Em Nova Mutum, Mato Grosso, dia 27 de agosto de 2011 acontece o Festival do Folclore, no ginásio da Escola Estadual José Aparecido Ribeiro. Para a Escola Estadual Rui Barbosa está a responsabilidade de demonstrar a cultura da região sul do país. As tradições gaúchas praticamente dominam o folclore dos três estados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com algumas evidencias da cultura dos imigrantes italianos e alemães. Eu, gaúcha, hoje migrante em Nova Mutum, mato saudades lendo e divulgando nossa tradição. Esperamos todos vocês no espaço da nossa escola sábado, dia 27, para aprender a fazer e saborear o chimarrão e conhecer a cultura dos tres estados do sul: Paraná. Santa Catarina e rio Grande do Sul.
Conheça mais algumas coisas sobre essa gostosa tradição gaúcha continuando a leitura dos textos abaixo e assistindo os videos.  
Um beijo da Prof. Leni

Ser gaúcho é
- saber que nossa cracterística é bravura e não jeitinho;
- ser franco e direto, nem que isso cause inimizades;
- ser humilde em ambições, mas exagerado em ideais e paixões.
Por isso eu tenho orgulho de ser chamado de "GAÚCHO"! 


QUALIDADES DA ERVA-MATE
Não há contra-indicações ao uso da erva-mate, em qualquer uma das suas formas, para pessoas de quaisquer idades. Ao contrário, a erva-mate possui inúmeras propriedades extremamente benéficas ao organismo humano. Energizante. Sustenta as forças e o vigor do corpo humano durante o dia todo, independentemente até de qualquer outra alimentação. É muito recomendada para dietas. Fortificante poderoso, por sua riqueza em Sais Minerais (de Cálcio, Ferro, Magnésio, Sódio, Potássio e outros) e em Vitaminas (B, C, D e E). Provoca a vaso-dilatação, ocasionando a redução da pressão arterial - por isso, é indicada também como auxiliar no tratamento da arteriosclerose. Considerada como um verdadeiro complemento alimentar, recomendada para superar fadigas e suprir deficiências alimentares. A erva-mate diminui a sensação de fome. Atuante na defesa orgânica, sendo extremamente benéfica aos diversos tecidos do corpo humano. Tônico cardíaco, por sua ação vaso-dilatadora e riqueza em Manganês, Cálcio e Potássio. Seus efeitos no aparelho circulatório são notáveis. Auxilia a digestão e tem ação diurética - facilitando o trabalho dos rins. Bebida com poderes afrodisíacos comprovados, pela estimulação que provoca. Possui propriedades sudoríferas, é um estimulador neuro-muscular e cicatrizante eficaz. O consumo constante da erva-mate amplia a capacidade respiratória, combate a anemia, o diabetes e a depressão. A erva-mate é 100% natural. E é deliciosa.


A ERVEIRA
Características Botânicas
Seu caule, de cor acinzentada, tem em média 30 centímetros de diâmetro. Seu porte é variável e dependendo da idade pode atingir 12 metros de altura, mas geralmente quando podada não passa dos 7 metros. As folhas, parte mais importante do vegetal, são alternadas, ovais, com bordas providas de pequenos dentes, visíveis principalmente da metade do limbo para a extremidade. Na floração, apresenta cachos de 30 a 40 flores brancas com quatro pétalas, agrupadas em cimeiras fasciculadas nas axilas das folhas.
O fruto é uma drupa globular muito pequena, pois mede de 6 a 8 mm, de coloração verde quando novo, passando a vermelho-arroxeado em sua maturidade, Cada fruto possui quatro ou cinco sementes. Na América do Sul existem aproximadamente 280 espécies conhecidas da família das aquifoleáceas, 60 das quais encontram-se no Brasil. A nossa erva-mate, extraída da Ilex paraguariensis pertence à citada família. Tal classificação deve-se ao sábio naturalista Auguste de Saint'Hilaire, que de volta de sua célebre viagem à América, em 1823, apresentou longo relatório à Academia de Ciências do Instituto de França, fazendo sentir a necessidade de sua classificação botânica. A amostra para identificação foi coletada nos arredores de Curitiba, mas, segundo alguns autores, houve troca de etiquetas e a erva-mate foi identificada como Ilex paraguariensis, St. Hilaire, como sendo originária do Paraguai, nome científico pelo qual é conhecida até nossos dias. Os indígenas das nações Guarani e Quíchua tinham o hábito de beber infusões com suas folhas. Hoje em dia este hábito continua popular nestas regiões, consumido como chá quente ou gelado (muito popular na região sudeste do Brasil), ou como chimarrão no sul do Brasil, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

ANÁLISE DO MATE
Pesquisas científicas recentes efetuadas pelo Laboratório Eddy de New York, determinou o seguinte teor de vitaminas, no mate:
º Vitamina A (sob forma de beta carotene) 2.200 U.I.
º Vitamina B1 57 U.I.
º Vitamina B2 (unidades) Sherman Bourquin 69g
º Vitamina C 142 U.I.

PROPRIEDADES MEDICINAIS
Apresentando as seguintes propriedades terapêuticas:
º Estimulante dos nervos e músculos.
º Diurético - favorecendo a diurese.
º Estomáquico - facilita a digestão
º Sudorífico - benéfico nas gripes e resfriados.
º A cafeína contida na erva-mate, atua em casos de cólicas renais, depressões nervosas e fadigas cerebrais em geral.

Você sabia ?
1.       A disseminação da erva-mate é "ornitócora" isto é: os pássaros alimentam-se dos pequenos frutos e depois os expelem envoltos em dejetos, o que concorre para favorecer a sua germinação.
2.       Chegou a ser proibida no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerada "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guairá. A partir do século XVII os mesmos incentivavam seu uso com o objetivo de afastar as pessoas do álcool.

PROCESSO DE PRODUÇÃO
Mesmo deixando de ser a base da receita cambial e apesar da sua elaboração por modernas indústrias, hoje como ontem, a erva-mate passa fundamentalmente pelos mesmos processos, ou seja, ela é cancheada e beneficiada.
Cancheamento - É o ciclo desenvolvido pelo produtor e abrange as operações de colheita, sapeco, secagem, malhação ou trituração.
Colheita: A época da poda, regulamentada por portaria do IBDF, vai de abril a setembro de cada ano.
Sapeco: Logo após o desbaste, as folhas são passadas rapidamente numa fogueira feita muitas vezes, ainda no erval. Tal operação destina-se a abrir os vasos aquosos das folhas, desidratando-as. No sapeco os ramos enfolhados são submetidos à ação do fogo.
Secagem: Pode ser feita em primitivos carijos, em barbaquás ou em aperfeiçoados secadores mecânicos e consiste na retirada da umidade da erva. O sistema mais utilizado é o uso do barbaquá, em que a erva-mate é disposta em um estrado de madeira, sobre a boca de um túnel, que conduz o calor produzido por uma fornalha, permanecendo ali por aproximadamente vinte horas, para a completa torrefação das folhas.
Trituração: Depois de seca, a erva é levada para a cancha, plataforma circular assoalhada dotada ou não de furos, onde é triturada por um malhador (peça de madeira de forma troncônica) munido de dentes, que rola sobre a erva, movido por tração animal. Em tempos mais remotos a malhação da erva era feita sobre um couro de boi, utilizando-se facões ou aporreadores de madeira ou de ferro.
Beneficiamento - Passando por todo processo de cancheamento a erva-mate, está pronta para ser utilizada pelos engenhos, para sua elaboração final ou seja, a tradicional erva para chimarrão destinada ao consumo interno e para exportação, cujos dois principais mercados são Chile e Uruguai, com crescente aceitação entre os países europeus e do Oriente Médio. O uso do chimarrão sofreu expressiva revitalização, devido à busca do naturalismo, pelo habitante da cidade grande e pelas correntes migratórias internas. Uso tradicionalmente cultivado no sul, se estendeu para o Mato Grosso, Goiás, Rondônia e outros estados. Outra forma de beneficiamento é o do mate queimado ou tostado, considerado um produto genuinamente nosso, uma vez que sua industrialização só se processa no Paraná, sendo que a produção vem evoluindo ultimamente e hoje é apresentado ao mercado consumidor nas mais variadas e sofisticadas formas, desde a tradicional embalagem contendo as folhas trituradas e soltas; o "tea bags" - mate em saquinhos contendo doses individuais; o mate concentrado na forma líquida; o mate solúvel, os refrigerantes em cristais e o mate preparado.

Tradição além das fronteiras gaúchas – A Lenda da erva mate
Uma lenda indígena, descrita por Alcides Gatto, da Universidade Federal de Santa Maria, indica como começou o uso da erva mate. A mais antiga aponta para a trajetória de uma tribo nômade de índios Guarany. Um dia, um velho índio, cansado das andanças, recusou-se a seguir adiante, preferindo ficar na tapera. A mais jovem de suas filhas, apesar do coração partido, preferiu ficar com o pai, amparando-o até que a morte o levasse à paz do Yvi-Marai, a seguir adiante, com os moços de sua tribo. Essa atitude de amor rendeu-lhe uma recompensa. Um dia um pajé desconhecido encontrou-os e perguntou à filha Jary o que é ela queria para ser feliz. A moça nada pediu, mas o velho pediu 'renovadas forças para poder seguir adiante e levar Jary ao encontro da tribo'. O pajé entregou-lhe uma planta muito verde, perfumada de bondade, e o ensinou que, plantando e colhendo as folhas, secando-as ao fogo e as triturando, devia colocá-las num porongo e acrescentar água quente ou fria. 'Sorvendo essa infusão, terás nessa nova bebida uma nova companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel solidão'. O ancião se recuperou, ganhou forças e viajou até o reencontro de sua tribo. Assim nasceu e cresceu a caá-mini, que dela resultou a bebida caá-y, que os brancos mais tarde chamaram de chimarrão. A origem do nome mate vem do povo espanhol, que preferiu usar a palavra 'mati' (cuia), da língua quíchua, para se ajustar melhor à modalidade grave do idioma. No entanto, logo foi substituída por uma palavra guarany - caiguá - nome composto por caá (erva), i (água) e guá (recipiente).

Curando as 'borracheras'
A tradição do chimarrão é antiga e remete a tradição à história da colonização espanhola. Soldados espanhóis, que aportaram em Cuba e foram ao México 'capturar' os conhecimentos das civilizações Maia e Azteca, em 1536 chegaram à foz do Rio Paraguay. Impressionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina: Assunción del Paraguay. Acostumados a grandes 'borracheras' - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda - os desbravadores, nômades por natureza, sofriam com a ressaca. Aos poucos, foram tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany e notavam que no dia seguinte ficavam melhores. Realmente, o mate amargo é um bom ativante do fígado, auxiliando a curar o mal-estar causado pela bebida. O porongo e a bomba do chimarrão eram retirados de floresta de taquaras, às margens do rio Paraguay. Por causa da tradição, os paraguaios tomam a bebida fria e em qualquer tipo de cuia. É o chamado tererê, que pode ser ingerido com gelo e limão ou com suco de laranja e limonada no lugar da água. No Brasil, a erva é socada; na Argentina e no Uruguai, triturada. Nos países do Prata, ela é mais forte e amarga, sendo recomendada para quem sofre de problemas no fígado.
 
Um prazer compartilhado
Uma roda de chimarrão é um momento de descontração, fazendo parte de um ritual indispensável para unir gerações. O mate pode ser tomado de três maneiras: solito (isoladamente), parceria (uma companheira ou companheiro) e em roda (em grupo). O mate solito faz parte da cultura do homem que não precisa de estímulo maior para matear do que sua própria vontade. Pode-se dizer que é o verdadeiro mateador, ao contrário do mate de parceria, em que a pessoa espera por um ou dois companheiros. É na roda de mate, porém, que esta tradição conquistou seu apogeu, agrupando pessoas em torno de uma mesma ação: chimarraer. Aos navegantes de primeira viagem, um aviso: nunca peça um mate, por mais vontade que tenha. Poderá sugeri-lo de forma sutil, esperando que lhe ofereçam. Há um respeito mítico nas rodas de mate.
 
Matear com excelência
Ao adquirir uma cuia nova é preciso curtí-la por, no mínimo, três dias, ato que é conhecido como curar uma cuia. Deve-se enche-la de erva-mate pura ou misturada com cinza vegetal e água quente, mantendo o pirão sempre úmido, impregnando, assim, o gosto da erva em suas paredes. A cinza é utilizada para dar maior resistência ao porongo. Passando o tempo, retira-se a erva-mate da cuia com uma colher para eliminar os restos de erva. Basta enxaguá-la com água quente e estará pronta para ser usada. O mate se cura cevando, ou seja, quanto mais vezes é tomado, melhores serão os mates.
A mão direita - A entrega da cuia e o recebimento do mate devem ser feitos com a mão direita.
Enchendo o mate - Pega-se a cuia com a mão esquerda e o recipiente com a direita. Após, acomoda-se o recipiente e se troca a cuia de mão para matear ou oferecer o mate. seguindo-se, sempre, pelo lado direito, o lado de laçar. O sentido da volta na roda de mate deverá partir pela direita do cevador ou enchedor de mate.
A água para preparar o mate - A temperatura nunca deve estar muito quente, pois pode queimar a erva, dando um gosto desagradável ao mate e lavando-o rapidamente, o recomendado é entre 80º e 85º graus.
O pialador de mate - É o indivíduo que, chegando numa roda de mate, posiciona-se à frente da pessoa que está mateando e à esquerda na mão da roda. O correto é ficar antes do mateador, sempre a sua direita.
A água do mate - A água nunca deverá ser fervida, pela perda de oxigênio, transmitindo um sabor diferente ao mateador. O ideal é quando a água apenas chia próximo de 85º.
Cevar com cachaça - Quando as pessoas fecham um mate (ato de prepará-lo), costumam, em lugar de água para inchar a erva, colocar cachaça, pois ela fixa por mais tempo a fortidão da erva-mate, sem deixar o gosto do álcool. Uma vez inchada a erva, cospe-se fora a infusão até roncar bem a cuia, esgotando-se completamente o líquido.
Só o cevador pode mexer no mate - A menos que se obtenha licença, só o cevador deve arrumar o mate, considerando-se falta de respeito mexer sem permissão. Podemos, isto sim, ao devolver a cuia, avisá-lo do problema.
Em roda de mate - É comum, após o primeiro mate, que sempre é do iniciar a roda pelo mais velho ou por alguém a quem se queira homenagear.
O primeiro mate - Todo aquele que fecha um mate deve tomá-lo primeiro em presença do parceiro ou na roda de mate. Este fato se tornou tradicional devido a épocas em que o mate serviu de veículo para envenenamentos. Por isso, o ato do mateador tomar o primeiro indica que o mate está em condições de ser tomado. Há a lenda jesuíta, que atribuía valores afrodisíacos ao mate. Para evitar que os índios passassem a maior parte do dia mateando, tentando afastá-los do hábito, criaram o mito entre os silvícolas cristianizados que Anhangá Pitã (diabo) estava dentro do mate.
Roncar a cuia - Uma vez servido o mate, deve ser tomado todo, até esgotá-lo, fazendo roncar a cuia.

OS 10 MANDAMENTOS DO CHIMARRÃO
PÉRCIO DE MORAES BRANCO – do Livro: ALMANAQUE TCHÊ
Cada vez mais gente vem tomando chimarrão no Rio Grande do Sul. A onda de valorização da música e do tradicionalismo do Rio Grande, iniciada com a criação da Califórnia da Canção Nativa, multiplicou-se através de mais de quarenta festivais do gênero e levou a gauchada a descobrir (ou redescobrir) o chimarrão, a bombacha, a alparagata e outras coisas da terra.

1.      NÃO PEÇAS AÇÚCAR NO MATE
O gaúcho aprende desde piazito , por que o chimarrão se chama também mate amargo ou, mais intimamente, amargo apenas.
2.      NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO
Tu podes achar que é anti-higiênico pôr a boca onde todo mundo põe. Claro que é. Só que tu não tens o direito de proferir tamanha blasfêmia em se tratando do chimarrão. Afinal o Chimarão é sagrado.
3.       NÃO DIGAS QUE O MATE ESTÁ QUENTE DEMAIS Se todos estão chimarreando sem reclamar da temperatura da água, é porque ela é perfeitamente suportável por pessoas normais. E se você não for normal você não tomas mate.
4.      NÃO DEIXES UM MATE PELA METADE
Apesar da grande semelhança que existe entre o chimarrão e o cachimbo da paz, há diferenças fundamentais. Com o cachimbo da paz, cada um dá uma tragada e passa-o adiante. Já o chimarrão, não. Tu deves tomar toda a água servida, até ouvir o ronco de cuia vazia.
5.      NÃO TE ENVERGONHES DO "RONCO" NO FIM DO MATE
Se, ao acabar o mate, sem querer fizeres a bomba "roncar", não te envergonhes. Está tudo bem, ninguém vai te julgar mal-educado.
6.      NÃO MEXAS NA BOMBA
A bomba do chimarrão pode muito bem entupir, seja por culpa dela mesma, da erva ou de quem preparou o mate. Se isso acontecer, tens todo o direito de reclamar. Mas, por favor, não mexas na bomba.
7.       NÃO ALTERES A ORDEM EM QUE O MATE É SERVIDO
Roda de chimarrão funciona como cavalo de leiteiro. A cuia passa de mão em mão, sempre na mesma ordem. Para entrar na roda, qualquer hora serve mas, depois de entrar, espera sempre tua vez e não queiras favorecer ninguém, mesmo que seja a mais prendada prenda do Estado.
8.       NÃO "DURMAS" COM A CUIA NA MÃO
Tomar mate solito é um excelente meio de meditar sobre as coisas da vida. Tu mateias sem pressa, matutando, recordando... E, às vezes, te surpreende até imaginando que a cuia não é cuia mas o quente seio moreno daquela chinoca faceira que apareceu no baile do Gaudêncio... Agora, tomar chimarrão numa roda é mui diferente. Aí o fundamental não é meditar e sim integrar-se à roda. Numa roda de chimarrão, tu falas, discutes, ri, xingas, enfim, tu participas de uma comunidade em confraternização.
9.       NÃO CONDENES O DONO DA CASA POR TOMAR O 1º MATE
Se tu julgas o dono da casa um grosso por preparar o chimarrão e tomar ele próprio o primeiro, saibas que grosso é tu. O pior mate é o primeiro e quem o toma está te prestando um favo.
10.   NÃO DIGAS QUE CHIMARRÃO DÁ CÂNCER NA GARGANTA
Pode até dar. Mas não vai ser tu, que pela primeira vez pegas na cuia, que irás dizer, com ar de entendido, que chimarrão é cancerígeno. Se aceitaste o mate que te ofereceram, toma e esquece o câncer.

TERERÉ
Diz a lenda que durante a Guerra do Paraguai, os soldados de ambos os lados (Brasil e Paraguai), durante os tempos de folga entre um combate e outro, ou às vezes até mesmo em pleno combate, gostavam de tomar um chimarrão para repor os ânimos. Como o intervalo entre esses combates era muito curto, não havia tempo para esquentar a água, assim eles começaram a tomar frio e gostaram do sabor. Depois com a água mais gelada e a erva com menos folhas, o então tereré surgiu para deixar nossos dias mais refrescantes. Atualmente, tem um consumo muito grande entre os cowboys de rodeio. É com muita facilidade que se vê uma roda formada, principalmente durante o dia, na hora de descanso, para o prazeroso ritual de tomá-lo, que acaba sendo, às vezes, até o motivo para boas e novas amizades, além de ajudar a manter as já existentes.      Muito tempo antes de ser conhecida sua composição química já os indígenas utilizavam a erva-mate não só atraídos pelo paladar da bebida preparada, mas principalmente por conhecerem suas virtudes, em que se destacava a propriedade de aumentar a resistência à fadiga, eliminando a sede. O efeito estimulante da cafeína encontrada no mate usado no tereré, que exerce um poder energético conhecido sobre o sistema nervoso central, estimula o vigor mental no trabalho cardíaco e circulação do sangue. Além de ser uma bebida muito estimulante, elimina a fadiga ativando as funções físicas e mentais, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, favorecendo também o trabalho intelectual.Talvez um dos motivos de ser altamente consumido entre os cowboys, além do seu efeito refrescante. Com vitaminas do complexo B, a erva-mate participa do aproveitamento do açúcar nos músculos, nervos e atividade cerebral do homem. As vitaminas C e E agem como defesa orgânica e como benefício sobre os tecidos do organismo sais minerais, juntamente com a cafeína, ajudam o trabalho cardíaco e a circulação do sangue, diminuindo a tensão arterial,pois a cafeína atua como vasodilatador. Em tais situações, também pode ser suprida a sensação de fome. A erva-mate favorece a diurese, sendo de grande utilidade em moléstias da bexiga. Atua também sobre o tubo digestivo, ativando os movimentos peristálticos; facilita a digestão, suaviza os embaraços gástricos, favorecendo a evacuação e a mictação. A sua ação estimulante é mais prolongada que a do café, não deixando efeitos colaterais ou residuais como irritabilidade e insônia. Pesquisas do Instituto Pasteur de Paris atribuem também a esta erva um papel importantíssimo no processo de regeneração celular.Estudos indicam que os compostos que constituem a erva-mate são: água, celulose, gomas, dextrina, mucilagem, glicose, pentose, substâncias graxas, resina aromática, legumina, albumina, cafeína, teofilina, cafearina, cafamarina, ácido metetânico, ácido fólico, ácido caféico, ácido virídico, clorofila, colesterina e óleo essencial. A cafeína, teofilina e teobromina são três alcalóides estreitamente relacionados, encontrados nela e são os compostos mais interessantes sob o ponto de vista terapêutico. O teor de cafeína na erva atinge em média 1,60%, enquanto que nas infusões o valor médio é de 1,10%.

Você sabia? ...
1.      Importada pelos países europeus, a erva-mate teve os mais diferentes usos: na Espanha e Portugal, era vendida em farmácias, como medicamento, na Alemanha era usada para fabricação de gasosa e vermute e na França, foi transformada em matéria-prima na confecção de cigarros.

Os símbolos oficiais do Rio Grande do Sul são, conforme lei:
- o Hino;
a Bandeira;
o Brasão de Armas;

e ainda, são símbolos conforme leis:
o Cavalo Crioulo
a ave Quero Quero
- a planta Macela
a bebida Chimarrão
o prato típico Churrasco
a flor Brinco de Princesa
o instrumento musical Gaita
a estátua Laçador
HINO RIOGRANDENSE
Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade

Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra

Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo



Folclore Do Pampa - Música
01 - Cana Verde - Danca Gaucha
02 - Cabure - Chotes
03 - Mariquita - Chotes
04 - Chotes Carreirinho - Danca Gaucha
05 - Rilo - Danca Gaucha
06 - Pregoes De Porto Alegre
07 - Mazurca Galopeada - Danca Gaucha
08 - Seu Bugiu - Bugiu
09 - Tropeada - Toada
10 - Joao De Barro - Chotes
11 - Chula - Danca Gaucha
12 - Jacare - Chotes
13 - Alexandrina - Chotes
14 - Sarrabalho - Danca Gaucha

Os gaúchos
O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil. Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha.
Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser. Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar chimarrão em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos.
Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis. Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.
É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?"
Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta. Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente do jeito americano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três. Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais. Neles, os durões se derretem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é "Chimarrão", do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como:

"E a cuia, seio moreno
que passa de mão em mão
traduz no meu chimarrão
a velha hospitalidade
da gente do meu rincão."
(bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, é bonito).

Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas. De imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País. Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.
O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models.  (eu já sabia!!!)
Além do gaúcho, chamado de “machista", qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)? Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outras praças: "legal às pampas", uma expressão que, por sinal, veio de lá.
Aos meus amigos gaúchos, um forte abraço!
Arnaldo Jabor

Tchê! Nunca te esqueça!
 Porque somos tão modestos:
- Deus é gaúcho,
- São Pedro é o capataz,
O sol é um fogo de chão que se alastrou,
O Atlântico é salgado porque a indiada daqui batia os espeto perto dos rio,
O Sahara é um deserto porque foi das árvores de lá que vieram os espetos,
A maior churrascada que se fez, resultou na extinção dos dinossauros,
A 2ª Guerra se deu por causa que o Turco Salim de Bagé queria tomar conta dos bolichos em Uruguaiana,
O Rio Grande amado é o único Estado que faz divisa com 3 países: Uruguai, Argentina e Brasil !
Esses terremotos que andam ocorrendo por aí são decorrência de uns concurso de xula na fronteira...
E por aí se vai essa porção de terras ao redor do Rio Grande, chamada MUNDO!


...GAÚCHO É
... é morar em Florianópolis e dizer que Caxias do Sul é melhor;
... é assinar Zero Hora em Nova York;
... é estar no Maracanã escutando a Rádio Gaúcha;
... é achar que a FREE WAY é a nona maravilha do mundo;
... é comemorar uma revolução que não deu certo;
... é chamar a mulher de prenda;
... é dizer que é fácil fazer churrasco;
... é comer a costela antes da picanha;
... é comer NEGRINHO em vez de brigadeiro;
... é falar TCHÊ ao telefone só pra ver se descobre outro;
... é falar TU em vez de VOCÊ;
... é enviar cartão postal de TORRES;
... é fazer compras no SÚPER rsrs;
... é achar que o LAÇADOR é maior e mais bonito que o Cristo Redentor;
... é cantar o hino Rio-Grandense com mais EMOÇÃO que o hino nacional;  
... é achar que o GUAÍBA é rio;
... é dizer que tomar água à 100º C com gosto de mato é coisa de macho;
... é chamar geléia de CHIMIA;
... é chamar doce de leite de MU-MU;
... é falar roleta em vez de catraca;
... é falar lomba ou repecho em vez de morro;
... é poder falar tri legal ou muito tri;
... é chamar quarteirão de quadra...
... é chamar semáforo de sinaleira (ninguém entende)...
... é falar "capaz" (ninguém entende também)...
... é torcer pra qualquer time que esteja jogando contra o time adversário (grêmio ou inter)...
... é ficar babando na frente do açougue e achar carne "linda"...
... é gostar de passar frio (5 graus e o índio velho vai colocar um moletom)
... Outra coisa que só o gaúcho fala é "pechada" quando se refere a uma batida de carros.. ninguém entende...
... Chegar no mercado e pedir : me dá 5 pila de cacetinho e 1 kilo de guisado ....
Ser gaúcho é
- saber que nossa característica é a bravura e não o jeitinho;
- é ser franco e direto, nem que isso cause inimizades;
- é ser humilde em ambições, mas exagerado em ideais e paixões;
Por isso eu tenho orgulho de ser chamado de "GAÚCHO".
* Quieto no canto como guri cagado
* Mais ligado que rádio de preso
* Mais curto que coice de porco
* Firme que nem prego em polenta
* Mais nojento que mocotó de ontem
* Saracoteando mais que bolacha em boca de véia
* Solto que nem peido em bombacha
* Mais curto que estribo de anão
* Mais pesado que sono de surdo
* Calmo que nem água de poço
* Mais amontoado que uva em cacho
* Mais perdido que cego em tiroteio
* Mais perdido que cachorro em dia de mudança
* Mais perdido do que cusco em procissão
* Mais faceiro que guri de bombacha nova
* Mais assustado que véia em canoa
* Mais por fora que quarto de empregada
* Mais por fora que surdo em bingo
* Mais sofrido que joelho de freira em semana Santa
* Feliz que nem lambari de sanga
* Mais ansioso que anão em comício
* Mais apertado que bombacha de fresco
* Mais apressado que cavalo de carteiro
* Mais arisca do que china que não quer dar
* Mais atirado que alpargata em cancha de bocha
* Mais baixo que vôo de marreca choca
* Mais bonita que laranja de amostra
* De boca aberta que nem burro que comeu urtiga
* Mais chato que gilete caída em chão de banheiro
* Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada
* Mais conhecido que parteira de campanha
* Mais comprido que cuspe de bêbado
* Mais coxuda que leitoa em engorde
* Devagarzito como enterro de viúva rica
* Mais difícil que nadar de poncho
* Mais duro que salame de colônia
* Mais encolhido que tripa na brasa
* Extraviado que nem chinelo de bêbado
* Mais faceiro que mosca em tampa de xarope
* Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude
* Mais faceiro que pica-pau em tronqueira
* Mais feio que briga de foice no escuro
* Mais feio que sapato de padre
* Mais feio que indigestão de torresmo
* Mais firme que palanque em banhado
* Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro
* Mais gasto que fundilho de tropeiro
* Mais gostoso que beijo de prima
* Mais grosso que dedo destroncado
* Mais grosso que rolha de poço
* Mais grosso que parafuso de patrola
* Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro
* Mais nervoso que potro com mosca no ouvido
* Quente que nem frigideira sem cabo
* Mais sério que defunto
* Mais sujo que pau de galinheiro
* Tranquilo que nem cozinheiro de hospício
* Bobagem é espirrar na farofa
* Mais gorduroso que telefone de açougueiro
* Mais perdido que cebola em salada de frutas

 

Fonte 

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Pesquisa
Alunas: Andressa Correa Batista e Karen Gabriela Aparecida  
Turma: 3º Ano do 3º Ciclo – Turma A

Folclore
Origem
Em 22 de agosto, o Brasil comemora o Dia do Folclore. A data foi criada em 1965 através de um decreto federal. No Estado de São Paulo, um decreto estadual instituiu agosto como o mês do folclore.
Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país. O folclore pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, "constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação".
Para que serve?
O folclore é o modo que um povo tem para compreender o mundo em que vive. Conhecendo o folclore de um país, podemos compreender o seu povo. E assim conhecemos, ao mesmo tempo, parte de sua História. Mas para que um certo costume seja realmente considerado folclore, dizem os estudiosos que é preciso que este seja praticado por um grande número de pessoas e que também tenha origem anônima.
Qual a origem da palavra "folclore"?
A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. "Folk", em inglês, significa "povo". E "lore", conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ''conhecimento popular''. O termo foi criado por William John Thoms (1803-1885), um pesquisador da cultura européia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado "Folk-lore". No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se "folclore".
Qual a origem do folclore brasileiro?
O folclore brasileiro, um dos mais ricos do mundo, formou-se ao longo dos anos principalmente por índios, brancos e negros.

Mitos e Lendas do Sul
Antonio Augusto Fagundes

Lenda Do Quero-Quero - O Sentinela Dos Pampas
Quando a Sagrada Família fugia para o Egito, com medo das espadas dos soldados do rei Herodes, muitas vezes precisou se esconder no campo, quando os perseguidores chegavam perto. Numa dessas vezes, Nossa Senhora, escondendo o Divino Piá, pediu a todos os bichos que fizessem silêncio, que não cantassem, porque os soldados do rei podiam ouvir e dar fé. Todos obedeceram prontamente, mas o Quero-quero, não: queria-porque-queria cantar. E dizia: Quero! Quero! Quero! E tanto disse que foi amaldiçoado por Nossa Senhora: ficou querendo até hoje.
  A Lenda da Lagoa Vermelha
A primeira tentativa dos padres jesuítas, que resultou na fundação de 18 Povos Missioneiros no Rio Grande do Sul, deu em nada. Os bandeirantes de Piratininga, que haviam arrasado as reduções do Guairá caçando e escravizando índios para a escravidão das lavouras de cana-de-açúcar de São Paulo e Rio de Janeiro, quando souberam que os padres tinham vindo mais para o sul e erguido suas aldeias no Tape, vieram aqui fazer o que sabiam fazer. Assim e aos poucos, os padres tiveram que refluir para o oeste, fazendo agora na volta o mesmo caminho que tinham feito na vinda. E nessa fuga tratavam de levar consigo tudo o que podiam carregar. O que não podiam, queimavam ou enterravam. Casas, plantações, até igrejas foram incendiadas, para que nada ficasse aos bandeirantes. Pois diz que numa dessas avançadas pelo Planalto, no rumo da Serra, uma carreta carregada de ouro e prata, fugindo das Missões. Ali vinha a alfaia das igrejas, candelabros, castiçais, moedas, ouro em pó, um verdadeiro tesouro cujo peso faziam os bois peludearem. Com a carreta, alguns índios e padres jesuítas e atrás deles, sedentos de sangue e ouro, os bandeirantes. Ao chegarem às margens de uma lagoa, não puderam mais. Desuniram os bois e atiraram a carreta com toda a sua preciosa carga na lagoa, muito profunda. E aí então os padres mataram os índios carreteiros e atiraram os corpos n'água, para que não contassem a ninguém onde estava o tesouro. Com o sangue dos mortos, a lagoa ficou vermelha. E lá está, até hoje. Ao seu redor, cresceu uma bela cidade, que tomou seu nome - Lagoa Vermelha. E cada um dos seus moradores que passa na beira das águas coloradas, lembra que ali ninguém se banha, nem pesca, e segundo a tradição, a lagoa não tem fundo. E nas secas mais fortes e nas chuvaradas mais bravas, o nível da lagoa é sempre o mesmo.

As Bruxas De Santa Catarina
Florianópolis também é conhecida como “a ilha da magia”, e não é a toa. O mito da bruxa é tão antigo como a atual Santa Catarina. De uma forma geral, acredita-se que as bruxas vieram para Florianópolis, na época da colonização açoriana, de navio, quando estas, junto de escravos negros e pessoas doentes, eram banidas da Europa. Também acreditava-se que a sétima filha mulher de um casal, seria bruxa, a menos que fosse batizada pela irmã mais velha. Os antigos contam que a bruxa era má. Suas vítimas eram sempre crianças, animas pequenos, lavouras em crescimento. É o que dizem os moradores mais antigos na ilha. Outros contam que, para descobrir uma bruxa é muito simples: tira-se todos os móveis da sala da casa, e aí, bem no meio, a dona da casa deve repetir três vezes, bem alto o nome da mulher que ela acha que é bruxa e que é vizinha ou está por perto. Daí a pouco, se esta mulher é mesmo bruxa, vai aparecer e perguntar, fingindo inocência: "A senhora me chamou, vizinha?". E o melhor mesmo, segundo os moradores da ilha, é rezar o Pai-Nosso e a Ave-Maria toda sexta-feira às 18:00h, e andar sempre com alho no bolso, para proteção, pois a bruxa de hoje não tem qualquer aparência especial. É uma mulher comum, que pode ser até uma moça bonita, não voa em vassoura e não tem chapéu pontudo.

POEMA
Autoria dos alunos: Alexandre Merisio Raimundi, Analaura Seffrin Baldissera, Daniella Manfio Nascimento, David Guilherme de Oliveira Zago e Karoline Knorst Veleriano.
Turma: 3º Ano do 3º Ciclo – Turma B
Orientação: Prof. Lucido Caglione da Sila (Português)
Rio Grande do Sul

Ser gaúcha não precisa
Ter nascido aqui no sul,
Basta amar o céu azul
E gostar do mate amargo;
Caricias do minuano,
Que nos vem fazer afagos,
Esse ventinho nativo
Que faz parte deste pago.

Ser gaúcha, meus senhores,
É trazer dentro do peito,
Com todo amor e respeito,
A gloriosa tradição;
Usar vestido de chita,
Dançar xote e chimarrita
Nos fandangos de galpão.

É trazer no coração
Um Rio Grande, assim, pequeno,
Molhado pelo sereno
No frescor da madrugada;
É gostar da gauchada,
É amar o João Barreiro;
E ter a simplicidade
Desse povo hospitaleiro.

Amar o cheiro da terra,
Misto de agreste e selvagem;
É o gado nas pastagens
Para enfeitar as Campinas;
São as águas cristalinas,
Numa incansável viagem,
Indo ao encontro do mar
Levando doce mensagem.

É o grito do Quero–quero,
Autêntica sentinela;
É o barulho da cancela,
Do peão voltando pra estância;
É ter no peito essa ânsia
De vida, paz e esplendor;
É cantar todo o encanto
De um pago, feito de amor!


O EVENTO











































Página reeditada, com comentários da primeira edição:

5 comentários

Elaine disse...
Mas bá, prof. Vamos nessa então... Até sábado gurizada. Bjs da Prof. Elaine Serra.
16 de agosto de 2011 17:34

Micheli disse...
Na minha opinião, o folclore é muito importante para destacar as diversas culturas que temos no nosso país! Esse trabalho que está sendo desenvolvido sobre o Folclore, faz com que os alunos conheçam mais sobre a cultura da Região sul.
18 de agosto de 2011 04:54
  
Eder disse...
Eu adoro esses mitos e lendas do folclore brasileiro, faz a gente ver que antigamente e até hoje as histórias tinham vida, as pessoas as contavam como se realmente tivesse acontecido. Muito bom esse trabalho.
18 de agosto de 2011 06:06
Flávia Marques disse...
Muito legal a iniciativa de fazer uma mostra cultural com o folclore brasileiro com todas as estaduais... Com isso vamos aprender todo o folclore brasileiro de uma maneira diferente, divertida.
24 de agosto de 2011 12:33