sábado, 8 de dezembro de 2012

Ir à praia será suicídio dentro de 20 anos

 
Ao que parece, em um futuro próximo a natureza revelará os danos que causamos ao planeta. Logo a intensidade de raios ultravioleta (UV) que recebemos no planeta será tão alta que se tornarão uma ameaça para a saúde dos banhistas que se aventurem a dar um mergulho no mar. Por esta razão, um costume tão agradável como o de ir à praia no verão terá que ser proibido.
 “Seremos os precursores da proibição de frequentar as praias… porque em 15 ou 20 anos terá que ser proibido, será praticamente suicídio ir à praia“, essa é a opinião de Oswaldo Cavero, doutor em ciências biológicas da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, quem ressaltou em uma entrevista à RPP.com.pe que deveria ser recomendado aos veranistas que não se exponham ao sol por um tempo superior a uma hora e meia.
O especialista comentou na rádio de Lima sobre o risco de aumento de doenças como câncer de pele, entre outras, em função do aumento dos níveis de radiação ultravioleta que atualmente recebe nosso planeta. “A camada de ozônio reflete os raios ultravioleta, e deixa passar apenas o necessário. Se consideramos a passagem de raios ultravioleta em um nível de 1 a 10, poderíamos afirmar que nos anos 50 o nível se aproximava de 3, e agora estão passando raios UV em um nível próximo ao 5, indicou o especialista.
 Cavero apontou que usar um guarda-sol na praia oferece apenas uma falsa sensação de segurança, porque “o sol reflete em todos os corpos opacos, e estando sob um guarda-sol acreditamos que não estamos recebendo os raios ultravioletas, no entanto, nos atingem por reflexo, devemos considerar que a areia da praia é praticamente um espelho que reflete os raios solares.
 O especialista também destacou que o tempo de exposição direta ao sol foi reduzido por conta do aumento de raios UV, “atualmente é recomendável não se expor por mais de uma hora e meia; até o ano passado eram recomendadas duas horas”. Ao que tudo indica, a deterioração da camada de Ozônio avança rapidamente e os efeitos do enfraquecimento será refletido em normas e medidas de prevenção que deveremos considerar para poder sobreviver a longo prazo.
 Devemos considerar que os humanos têm ferramentas para se protegerem dos raios UV, mas fica no ar a pergunta o que acontecerá com a flora e a fauna quando aumentar a radiação UV no planeta?

Brasil pode ter aumento de 140% no registro de queimadas

 
 

De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), no ano passado foram registrados 32.064 focos de incêndio no país e, em 2012, até o mês de setembro, já foram registrados mais de 39.892 incêndios, números alarmantes que ficam ainda piores após estimativa de que até o final do ano de 2012 serão registrados 79.677 casos, um aumento de 140% em relação aos números do ano de 2011.

Na região do bioma Cerrado, que compreende principalmente o Distrito Federal e os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí, segundo o coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio, Christian Berlinck, na época das secas, a maioria dos incêndios são causados pelas próprias pessoas da região. “Os incêndios podem ser colocados por muitos motivos, principalmente para limpeza de área para agricultura e renovação de pastagem, porém como a vegetação fica muito seca, o fogo espalha-se muito rápido, fugindo do controle”, destaca. Também, o  especialista destaca que muitos desses incêndios são de ocorrência natural, na maioria das vezes ocasionadas por consequência de raios, que normalmente, precedem as chuvas. “Assim, a própria chuva ajuda a apagar os focos de fogo evitando que eles tomem grandes proporções”, afirma.

Para minimizar o problema, a Reserva Natural Serra do Tombador, uma das maiores Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) do Cerrado, localizada em Cavalcante (GO), criou neste ano uma brigada voluntária comunitária de combate a incêndios. A reserva é administrada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e, de acordo com a administradora da Reserva, Daniele Gidsicki, a experiência tem sido bastante positiva. “Nós unimos esforços com aqueles que estavam interessados em fazer algo a mais pela região e o retorno foi ótimo. Tivemos uma boa aderência e estamos percebendo que a população local está mais conscientizada”, explica.

Christian Berlinck afirma que o fogo em uma unidade de conservação traz grandes prejuízos para a população e para a região. “Podemos destacar a perda de biodiversidade, redução qualitativa e quantitativa da água, emissão de gases com potencial para agravar o aquecimento global, perda de nutrientes do solo, erosão, morte de animais e alteração da vegetação”, ainda segundo o coordenador de Emergências Ambientais do ICMBio, esse tipo de ação é válida, haja vista que o que é necessário uma ação em conjunto entre governo e sociedade. “O Governo Federal sozinho não consegue fazer frente a eventos difusos e com diversas causas, precisa do engajamento da sociedade civil. Felizmente o ICMBio e a Fundação Grupo Boticário estão construindo uma parceria sólida e integrada para apoio mútuo nas ações de prevenção e combate a incêndios”.

A capacitação dos voluntários da brigada foi realizada em parceria com a Coordenação Geral de Proteção Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CGPro/ICMBio).