domingo, 23 de março de 2014

OURO BRANCO





Água – Ouro branco do século XXI


José Luis Amancio
Segundo um estudo da ONU (Organização das Nações Unidas) devido ao crescimento da população mundial e ao aumento da poluição e contaminação dos recursos hídricos naturais poderemos vir a ter, no máximo até o ano 2025, um colapso mundial do abastecimento de água potável - e até mesmo para tornar este assunto em evidência a ONU instituiu o dia 22 de Março como o “dia mundial da água”.
Citando estatísticas de uso comum “97% da água do planeta é composta por água salgada e apenas 3% de água doce, sendo que da água doce potável apenas 0,6% é composto por água doce de superfície e cerca de 70% da água consumida no mundo são utilizados para irrigação, 20% para uso industrial e os restantes 10% para uso residencial”.
Portanto quando nos referimos a água potável estamos falando de um recurso do qual muitas pessoas não têm a consciência do quanto realmente escassa e preciosa ela é, e que a água é essencial para a continuidade da existência da vida na terra.
Conforme relatórios da UNICEF cerca de 20.000 crianças morrem anualmente por falta de água potável enquanto muitas pessoas fazem a barba ou escovam os dentes com a torneira aberta ou simplesmente gastam 30 minutos ou 1 hora num banho que poderia ser tomado em 15 minutos no máximo (de maneira eficiente).
Conforme relatórios da UNICEF cerca de 20.000 crianças morrem anualmente por falta de água potável enquanto muitas pessoas fazem a barba ou escovam os dentes com a torneira aberta ou simplesmente gastam 30 minutos ou 1 hora num banho que poderia ser tomado em 15 minutos no máximo (de maneira eficiente).
Todos somos em maior ou menor escala responsáveis pelo uso racional da água e pelo futuro da distribuição hídrica no mundo.
Entretanto não existe problema sem solução e podemos visualizar um grande número de possibilidades que podem auxiliar a resolução dos problemas do abastecimento de água potável, tais como:
- Maior divulgação e eficácia dos programas de gestão de recursos hídricos (que os programas já elaborados e geralmente bem estruturados saiam do papel e sejam implementados de maneira efetiva).
- Maior controle do despejo de lixo e resíduos industriais nos rios e afluentes (com legislação e punições eficazes),
- Conscientização da população para a importância do uso racional de água e que com medidas simples (fechar a torneira ao escovar os dentes, não varrer a calçada com a mangueira de água . . .) a qualidade de vida da coletividade poderá ser otimizada.
- Estímulo as novas tecnologias de geração de água potável tais como a "Osmose Reversa" que possibilita a utilização da água do mar a um custo acessível e potável e que produzida com esta tecnologia possa abastecer cidades inteiras.
Portanto o futuro da humanidade está nas mãos de cada indivíduo que fazendo a sua parte colabora para um círculo virtuoso, então vamos fazer a diferença!

*José Luis Amancio - Contabilista e Economista, Pós Graduado pela FGV- Fundação Getúlio Vargas, articulista e colunista de diversos sites, jornais e revistas, Administrador do Grupo Profissional de Finanças da Revista VOCÊ S/A na Rede. E-mail: financeir@globo.com


Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/agua-ouro-branco-do-seculo-21/24871/



Planeta Água
Água que nasce na fonte

Serena do mundo

E que abre um

Profundo grotão

Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios

Que levam

A fertilidade ao sertão

Águas que banham aldeias

E matam a sede da população...
Águas que caem das pedras

No véu das cascatas

Ronco de trovão

E depois dormem tranqüilas

No leito dos lagos
No leito dos lagos...

Água dos igarapés

Onde Iara, a mãe d'água

É misteriosa canção

Água que o sol evapora

Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...

Gotas de água da chuva

Alegre arco-íris

Sobre a plantação

Gotas de água da chuva

Tão tristes, são lágrimas
Na inundação...

Águas que movem moinhos

São as mesmas águas

Que encharcam o chão

E sempre voltam humildes

Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...

Terra! Planeta Água

Terra! Planeta Água

Terra! Planeta Água...

Água que nasce na fonte

Serena do mundo

E que abre um

Profundo grotão

Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...

Águas escuras dos rios

Que levam a fertilidade ao sertão

Águas que banham aldeias

E matam a sede da população...

Águas que movem moinhos

São as mesmas águas

Que encharcam o chão

E sempre voltam humildes

Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...


Terra! Planeta Água

Terra! Planeta Água

Terra! Planeta Água...



segunda-feira, 10 de março de 2014

Quando mudará a escola?


A escola de massas, onde um professor ensina ao mesmo tempo e no mesmo lugar dezenas de alunos, nasceu com a revolução industrial mas chegou ao século XXI. Em dois séculos, mudaram os estudantes, mudou a sociedade e mudou o mercado de trabalho.
 Quando mudará a escola?


A escola do ano 2000 imaginada pelos ilustradores franceses Jean Marc CotÍ e Villemard em 1899


Crianças sentadas em fila, olhando para a frente. Mãos cruzadas em cima da mesa, numa postura inerte. A secretária do professor fica no extremo esquerdo da sala de aula. Não está a ensinar. Os alunos têm uns capacetes de metal, ligados por uns cabos eléctricos a uma máquina onde o professor coloca uns livros. A função desse aparelho, compreende-se pela imagem, é a de extrair a informação dos manuais e introduzi-la directamente nos cérebros dos jovens, através da transmissão da energia eléctrica. Foi assim que os ilustradores franceses Jean Marc Cotê e Villemard imaginaram e retrataram a escola do ano 2000, num postal que era parte de uma série produzida para a Exposição Universal de Paris, em 1900.
A gravura é de 1899 e foi utilizada por João Barroso, especialista em políticas de educação e formação da Universidade de Lisboa, num trabalho que terá sido apresentado em São Paulo, ontem, intitulado A Escola e o Futuro: As Mudanças Começam na Sala de Aula.
A escola do ano 2000 é imaginada, no final do século XIX, como um prolongamento da escola então existente. Cotê e Villemard não vislumbraram uma sala de aula com um funcionamento completamente diferente por causa da electricidade. Em vez disso, desenharam a aula de 1899 - um local onde os jovens recebem, de forma passiva, o conhecimento que lhes é transmitido pelo professor - e acrescentaram-lhe uma nova tecnologia, que lhes permitiria, simplesmente, ter a mesma informação, embora com a recepção facilitada.
Vítor Teodoro, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, tem outra pintura - de uma sala de aula ainda mais antiga - na cabeça. O professor está num púlpito. Lá no alto, consegue ver todos os alunos, que se dispõem à sua frente, sentados por filas. Mas nem todos olham para ele. Uns conversam com os colegas do lado. Uns têm o olhar perdido noutra direcção. Um deles dorme apoiado no braço. Vítor Teodoro está a pensar na iluminura pintada por Laurentius de Voltolina no século XIV, que retrata Henrique da Alemanha a dar uma aula na Universidade de Bolonha, mas que, de acordo com o professor, podia retratar uma sala de aula dos dias de hoje.
A educação que hoje conhecemos tem duas bases, explica o professor da FCT-UNL: a da religião e a do apprenticeship - a aprendizagem por integração numa comunidade, que vem da tradição dos ofícios e dos mestres. Para Vítor Teodoro, durante o século XX, predominou o modelo religioso. A escola adoptou das igrejas o estrado e o púlpito e o professor, à semelhança do padre, começou a transmitir, expositivamente, a informação aos alunos, que a recebem de uma forma passiva. Ensina-se o grupo e não o indivíduo, o que, muitas vezes, leva a que alguns jovens não compreendam o que está a ser ensinado e percam o interesse: "Há 50 anos, as pessoas repetiam as orações em latim e não percebiam o que estavam a dizer. Hoje, acontece o mesmo com os alunos."
Há muito tempo que a escola se concentra em ensinar aos alunos as competências básicas da matemática, da escrita e da leitura. Agora, estas aprendizagens básicas já não são suficientes. No livro The global achievement gap, Tony Wagner, investigador de Inovação na Educação no Centro de Tecnologia e Empreendedorismo da Universidade de Harvard, descreve o que está a ser ensinado aos jovens nas escolas, por oposição ao que eles deveriam estar a aprender para triunfarem nas suas carreiras, numa economia global.


Tudo se passa nos mesmos lugares, ao mesmo tempo e da mesma maneira. Uma escola é uma coleção de salas de aula e o ensino é uma repetição de atividades pré-formatadas, iguais todos os anos.
João Barroso - Universidade de Lisboa.   


Wagner defende que a escola deve desenvolver sete "competências de sobrevivência" necessárias para que as crianças possam enfrentar os desafios futuros: pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, colaboração, agilidade e adaptabilidade, iniciativa e empreendedorismo, boa comunicação oral e escrita, capacidade de aceder à informação e analisá-la e, por fim, curiosidade e imaginação.