A cada ano, 1,3 bilhão
de toneladas de lixo são produzidas em cidades do mundo todo. Essa quantidade
ainda deve dobrar. De acordo com o Programa da ONU para o Meio Ambiente
(Pnuma), em 2025 o número chegará aos 2,2 bilhões, colocando-nos em uma espécie
de crise global de lixo em que o principal vilão é a má gestão por parte dos
governos.
No Brasil, o Plano
Nacional de Resíduos Sólidos determina que, até 2014, todos os lixões sejam
extintos no país. “Acho a meta positiva, mas não acredito que será tão rápido”,
afirma Jorge Hargrave, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que
divulgou em outubro um mapeamento da gestão de resíduos. Os resultados mostram
que, embora a quantidade de lixo levada para aterros sanitários tenha crescido
120% nos últimos anos, a maior parte ainda é despejada nos lixões e aterros
controlados (entenda as diferenças ao lado), gerando de problemas de saúde
pública e poluição atmosférica até questões de transporte. “Na Amazônia, alguns
aeroportos fecham durante o dia, pois não há teto para decolagem e pouso,
tamanha a quantidade de urubus atraídos por lixões”, afirma Luciano Basto,
especialista em planejamento energético e professor de pós-graduação em
engenharia na UFRJ.
Mas o que é problema pode
se tornar solução. “Temos a oportunidade de converter os resíduos em
combustível, dinamizando a economia interna e gerando postos de trabalho”, diz
Basto. Os projetos de aproveitamento do lixo para geração de eletricidade já
têm seus representantes no Brasil. Mundo afora, soluções ultratecnológicas já
são aplicadas. Transformar plástico usado em petróleo, usar cerveja vencida
para acelerar a formação de gases e extrair ouro puro de celulares velhos são
algumas das alternativas hi-tech que você conhece a seguir.
1.
Aterro Hi-tech
Cerveja para as bactérias
Quando
restos de comida, papel, folhas de árvore ou qualquer outro tipo de matéria
orgânica vai para os aterros, com o tempo, se decompõem. Mas esse prazo pode
ser mais longo do que se pensava. Um estudo da Universidade do Arizona
encontrou bifes de 15 anos de idade intactos e jornais de 30 anos ainda
legíveis. O que não é nada positivo quando a ideia é aproveitar o metano que
resulta da decomposição.
Pensando nisso, a Waste
Management, maior companhia americana de gestão de resíduos, investiu em um
método que consiste em instalar um encanamento no solo dos aterros e fazer
circular ar nas camadas superiores e um líquido que mistura cerveja e
refrigerantes vencidos nas inferiores. O ar ajuda a degradar o material orgânico
das superfícies e acelera a produção de metano abaixo. Com o processo, a
geração de gás tornou-se quatro vezes mais rápida e os resíduos acumulados
diminuíram em 35%, aumentando a vida útil do aterro.
A produção de energia a
partir do lixo é um dos principais focos da companhia, que estimou que as 112
milhões de toneladas de resíduos que jogou fora em 2011 teriam gerado mais de
US$ 40 bilhões se tivessem sido convertidas em eletricidade.
2.
Crédito de Carbono
Dando o maior gás
Uma
das maneiras mais básicas de se aproveitar o metano produzido em aterros é
esperar o tempo natural para a maior parte dos detritos se decompor (20 anos)
e, ao final do processo, recolher o gás e queimá-lo para geração de
eletricidade. Pode não ser a forma mais eficiente — muitas vezes, a captura
acontece quando o aterro se fecha —, mas ao menos se evita a dispersão de um
gás com poder de efeito estufa 23 vezes maior do que o CO2.
A técnica vem sendo
aplicada em cerca de 35 aterros brasileiros. O pioneiro é o NovaGerar, de Nova
Iguaçu (RJ), que iniciou um projeto nesses moldes em 2004 e se tornou o
primeiro aterro do mundo a vender créditos de carbono — pelo Protocolo de
Kyoto, quando se deixa de poluir em países em desenvolvimento, é possível
comercializar esse “crédito” para países ricos.
Depois, vieram projetos
maiores, como os dos aterros São João e Bandeirantes, na cidade de São Paulo,
que juntos respondiam por quase um quarto das emissões de gases de efeito
estufa da capital. A captura do gás passou a gerar energia suficiente para o
consumo de 800 mil pessoas. Os créditos de carbono do projeto foram negociados
por R$ 140 milhões, metade ficou para as empresas privadas que bancaram o
projeto e a outra metade para a prefeitura de São Paulo, que não teve custo
nenhum e ainda fez bonito.
3.
Biodigestão
Carro
movido a lixo
Abastecer
o carro com lixo não é mais coisa do filme De Volta para o Futuro, mas do
presente. Em Estocolmo, na Suécia, metade da frota de ônibus municipal circula
com combustível gerado a partir do lixo orgânico e esgoto. Essa poderia ser uma
boa oportunidade por aqui. “O lixo brasileiro é de país subdesenvolvido, a
maior parte é resto de comida”, afirma Luciano Basto. Do total dos resíduos
gerados, 51% são matéria orgânica e apenas 1,6% passa pela compostagem para virar
adubo.
A
proposta é encaminhar essa montanha de lixo não para aterros, mas para
biodigestores, usinas com enormes tanques cheios de bactérias famintas. “Os
orgânicos são a dieta preferida delas, o que acelera o processo de decomposição
dos resíduos e aumenta a produção de gás”, diz Basto.
Ao final de 18 dias, já
se teria o biogás (mistura de metano, CO2 e água, entre outros componentes).
Depois de tratado, o composto poderia atingir uma concentração de metano de até
99%, mais do que os 96% exigidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para
ser usado como combustível para veículos. Assim, o produto poderia ser colocado
diretamente no tanque de carros, além de substituir o diesel em frotas de
caminhões e ônibus. “Vale mais a pena do que queimar o gás. No Brasil, a
eletricidade gerada pelo lixo é cara se comparada às outras fontes que temos,
mas o gás é barato frente ao diesel e à gasolina.”
4.
Incineração/Gaseificação
Bota fogo
A
Holanda é um país-exemplo no tratamento de resíduos sólidos. Recicla 80% deles
e só joga 4% em aterros. Os outros 16% são queimados e geram eletricidade.
“Quando se fala em grandes volumes de resíduo, a tecnologia mais madura é a
incineração”, afirma o engenheiro mecânico e doutor pelo MIT Josmar Pagliuso.
Nesse caso, se aproveita o calor da combustão para gerar vapor d'água que
movimenta as turbinas de um gerador.
Apesar
de difundida no Japão e em países como Suíça e Alemanha, a incineração gera
polêmica por se acreditar que não seria possível controlar totalmente a emissão
de dioxinas e furanos, componentes altamente tóxicos. Pagliuso argumenta que a
quantidade dissipada é tão pequena que seria difícil encontrar um laboratório
capaz de medi-la. "Eu não estaria desconfortável ao lado de um incinerador
que funcionasse com tecnologias modernas”, diz. Isso quer dizer um processo de
limpeza de alta capacidade. “Mas precisaria de tantos filtros que se
inviabilizaria”, afirma Jorge Hargrave, do Ipea. Na Alemanha, as plantas de
incineração custaram tanto que foi preciso passar a importar lixo da Itália
para fazer o investimento valer.
Uma
alternativa que vem se desenvolvendo é a gaseificação do lixo que gera gases
como monóxido de carbono e hidrogênio, de poder combustível. Aí sim, eles são
queimados para gerar eletricidade. “O aproveitamento de energia sobe de 25% a
40% em relação à incineração. E você filtra o gás antes de queimar”, diz
Pagliuso. Assim, as emissões finais praticamente não requerem tratamento. “É um
processo mais complicado, porém mais limpo.”
5.
Fábrica de Petróleo
Caminho de volta
Para se
fabricar plástico, primeiro se extrai petróleo, sua principal matéria-prima. A
Agilyx, empresa sediada em Oregon, nos EUA, levou essa lógica ao revés e está
tirando petróleo de plástico — evitando as operações complexas e poluentes para
se conseguir o material fóssil em alto- mar. No processo, todo tipo de plástico
— inclusive o que estiver sujo, contaminado ou engordurado — é aquecido até a
forma gasosa, depois passa para um sistema central de condensação. Dali, já sai
o óleo cru, como é chamado o petróleo bruto. A usina tem capacidade de
converter 10 toneladas de plástico em 2.400 galões de petróleo a cada dia. E
não concorre com a reciclagem, uma vez que só utiliza material que iria parar
de qualquer maneira no aterro por ser difícil de ser reaproveitado.
6.
Usina de açúcar
Perfume no ar
A
ideia de fazer produtos cheirosos com insumos que vêm do lixo não parece boa.
Mas é uma das sugestões da startup americana Renmatix. A empresa transforma
sobras de madeira em um tipo de açúcar que pode substituir o petróleo na
fabricação de combustíveis, plásticos e embalagens, ou químicos de alto valor
agregado, como os usados em perfumes. A companhia usa água em alta pressão e
temperatura para dissolver a celulose presente em materiais orgânicos. O açúcar
que resulta do processo pode ser fermentado para produzir etanol e outros
químicos. Recentemente a empresa recebeu um investimento de US$ 75 milhões para
testar a técnica com resíduos urbanos, como papel, papelão e entulhos. Se
funcionar, pela primeira vez teremos cheiro bom vindo do lixo. A ideia de fazer
produtos cheirosos com insumos que vêm do lixo não parece boa. Mas é uma das
sugestões da startup americana Renmatix. A empresa transforma sobras de madeira
em um tipo de açúcar que pode substituir o petróleo na fabricação de
combustíveis, plásticos e embalagens, ou químicos de alto valor agregado, como
os usados em perfumes. A companhia usa água em alta pressão e temperatura para
dissolver a celulose presente em materiais orgânicos. O açúcar que resulta do
processo pode ser fermentado para produzir etanol e outros químicos.
Recentemente a empresa recebeu um investimento de US$ 75 milhões para testar a
técnica com resíduos urbanos, como papel, papelão e entulhos. Se funcionar,
pela primeira vez teremos cheiro bom vindo do lixo.
7.
Plasma
Digno de estrelas
Lixo
hospitalar, metais pesados e outros contaminantes podem virar pó — ou melhor,
grãos —, embalados em vidros e usados na fabricação de asfalto, não oferecendo
mais riscos à saúde e meio ambiente. Essa seria a grande vantagem da tecnologia
de plasma, já aplicada em plantas das Forças Aéreas americanas, além de aterros
que recebem lixo urbano nos EUA, França e Japão.
O
plasma — espécie de gás carregado de eletricidade considerado o quarto estado
da matéria, que compõe as estrelas — é usado para degradar materiais que
resistem a uma primeira etapa de gaseificação. A temperatura no tanque onde
ficam as tochas com plasma chega aos 9.000 ºC. “Vale a pena para lixo tóxico e
em pequenas quantidades porque o processo demanda muita energia elétrica”,
afirma Pagliuso. Mesmo gerando eletricidade, ela não seria suficiente para dar
conta do funcionamento da máquina.
8.
Reciclagem
Olha eu aqui de novo
A
planta da Closed Loop, em Dagenham, Inglaterra, é um dos exemplos de como o
processo de reciclagem vem evoluindo. Especializada em garrafas PET e HDPE
(plástico usado em embalagens de leite, no país), a usina tem leitores óticos
para separar as garrafas por composição e cor. As embalagens de HDPE coloridas
são, em geral, usadas em produtos de limpeza e precisam ser tiradas do processo
— já que a Closed Loop irá usar o plástico reciclado para fabricar novas
garrafas para alimentos. Por isso, após lavado e picotado em grânulos, o PET
têm sua superfície removida e o que sobra ainda é esterilizado. Já o HDPE é
aquecido até derreter, eliminando qualquer contaminante. O material é aprovado
por órgãos de regulamentação de saúde americanos e europeus para embalar
alimentos.
9.
Mineração urbana
Vale ouro
De cada tonelada de
minério é possivel tirar 8 gramas de ouro. Da mesma quantidade de sucata
eletrônica, se extraem 100 gramas do metal. E a preciosidade encontrada no lixo
eletrônico — que tem boa parte enviada para a China e países da África, onde
contaminam o solo e as águas com metais pesados — não se resume a essa joia.
Celulares, baterias e laptops
também contêm outros minerais valiosos — como prata e cobre. Eles vêm sendo
garimpados e reutilizados em uma técnica conhecida como mineração urbana.
Um
dos líderes desse filão é a mineradora sueca Boliden. Cerca de dois terços de
toda sua extração de ouro vêm da reciclagem. Recentemente, a empresa expandiu a
capacidade de sua usina de separação de metais para 120 mil toneladas por ano.
A cadeia começa lá
atrás: os aparelhos usados são recolhidos e enviados para a indústria de
reciclagem, que separa os componentes em plásticos, vidros e metais. A Boliden
recebe, então, o chamado e-scrap (sucata eletrônica), composto por placas-mãe
de computadores, por exemplo. O material é fundido e refinado para extração de
ouro, prata e cobre. O processo pode se repetir continuamente, já que os metais
nunca perdem a qualidade. Com uma mina dessas à vista, muitos países podem
passar a manter sua sucata eletrônica bem longe das fronteiras.
Fonte:http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI325029-17579,00-SOLUCOES+PARA+O+LIXO.html
Texto: Priscila Santos
Ilustração: Samuel Rodrigues
Lista Brasileira de Resíduos Sólidos é publicada
pelo IBAMA
O Ibama publicou a Lista Brasileira de Resíduos
Sólidos (Instrução Normativa Ibama nº 13, de 18 de dezembro de 2012), um
importante instrumento que irá auxiliar a gestão dos resíduos sólidos no
Brasil.
Com a publicação da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, era considerado essencial a padronização da linguagem e terminologias
utilizadas no Brasil para a declaração de resíduos sólidos, principalmente com
relação às informações prestadas ao Ibama junto ao Cadastro Técnico Federal.
Sem uma linguagem padronizada para a descrição dos
resíduos sólidos, seria pouco provável tratar estatisticamente e
comparativamente dados sobre a geração e destinação dos resíduos sólidos de
diferentes empreendimentos e atividades, e pouco provável também seria agregar
estes dados aos planos de gerenciamento dos municípios e estados brasileiros,
que possuem realidades de geração e destinação de resíduos bastante distintas.
Com a Lista, o Ibama pavimenta também o caminho
para a implementação do Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos,
que já estará disponível ao usuários do CTF neste ano”.
Inspirada na Lista Européia de Resíduos Sólidos
(Commission Decision 2000/532/EC), a Lista Brasileira utiliza a mesma estrutura
de capítulos, subcapítulos e códigos daquela lista, tendo sido adaptadas as
fontes geradoras e tipologias de resíduos à realidade brasileira.
A
adoção da Lista também facilitará o intercâmbio de informações no âmbito da
Convenção de Basileia que dispõe sobre a movimentação transfronteiriça de
resíduos sólidos (exportação, importação e trânsito). Será possível, apenas a
partir do código do resíduo, classificar o processo que lhe deu origem e saber
se ele contém elementos e contaminantes perigosos.
A lista de resíduos sólidos pode ser encontrada
no endereço da Imprensa Oficial, no link:
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=20/12/2012&jornal=1&pagina=200&totalArquivos=324
Diário Oficial Nº 245, quinta-feira, 20 de
dezembro de 2012
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 13, DE 18 DE DEZEMBRO DE
2012
O
PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁ-VEIS - IBAMA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 22, do Anexo
I do Decreto nº 6.099, de 26 de abril de 2007, que aprova a Estrutura
Regimental do Ibama, e;
Considerando
a necessidade de se disciplinar a prestação de informações sobre o
gerenciamento de resíduos sólidos prestadas ao Ibama;
Considerando
que a padronização da linguagem utilizada para prestação de informações sobre
resíduos sólidos é fundamental para permitir e facilitar o monitoramento, o
controle, a fiscalização e a avaliação da eficiência da gestão e gerenciamento
de resíduos sólidos nos diversos níveis, inclusive dos sistemas de logística
reversa implantados;
Considerando
que o direito da sociedade à informação e ao controle social é um dos
princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos;
Considerando
que todo sujeito passivo da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) é
obrigado a entregar até o dia 31 de março de cada ano relatório das atividades
exercidas no ano anterior, cujo modelo é definido pelo Ibama, para o fim de
colaborar com os procedimentos de controle e fiscalização, conforme §1º do Art.
17-C
da
Lei 6.938/81, de 31 de agosto de 1981, que institui a Política Nacional do Meio
Ambiente;
Considerando
a responsabilidade do Ibama no gerenciamento do relatório de atividades da Lei
6.938/81, do Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos, do Cadastro
Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, do Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de
Defesa Ambiental, instrumentos estes previstos pela Política Nacional de
Resíduos Sólidos, publicada por meio da Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010;
resolve:
Art.
1º. Publicar a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos, a qual será utilizada pelo
Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Ambientais, pelo Cadastro Técnico Federal de
Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental e pelo Cadastro Nacional de
Operadores de Resíduos Perigosos, bem como por futuros sistemas informatizados
do Ibama que possam vir a tratar de resíduos sólidos.
Parágrafo
único. O Ibama atualizará a Lista constante no Anexo I desta Instrução
Normativa sempre que necessário, em consonância com as diretrizes de
implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Art.
2º. Para fins de cumprimento desta Instrução Normativa, entende-se por:
I
- resíduos sólidos: todo material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido
ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou
em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
II
- produtos químicos orgânicos de base: são considerados como produtos químicos
orgânicos de base os seguintes compostos:
Hidrocarbonetos
e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados; Ácidos graxos
monocarboxílicos industriais, Óleos ácidos de refinação; Álcoois, fenóis,
fenóis-álcoois e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou
nitrosados; Álcoois graxos industriais;
Ácidos
carboxílicos e seus anidridos, halogenetos, peróxidos e perácidos e seus
derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados, exceto o ácido
salicílico e seus sais e ésteres e seus sais; Compostos de função amina;
Compostos aminados de funções oxigenadas, exceto os sais de lisina, seus
respectivos ésteres e sais, e o ácido glutâmico e seus sais; Ureínas, seus derivados
e sais; Compostos de função carboxiimida ou de função imina; Compostos de função
nitrila, compostos diazóicos, azóicos ou azóxicos, derivados orgânicos da
hidrazina e da hidroxilamina; compostos de outras funções nitrogenadas
(azotadas); Tiocompostos orgânicos e outros compostos organo-inorgânicos,
compostos heterocíclicos, ácidos nucleicos e seus sais, de constituição química
definida ou não; Éteres, peróxidos de álcoois, peróxido de éteres, peróxidos de
cetonas, epóxidos com três átomos no ciclo, acetais e hemicetais, e seus
derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados; Compostos de função aldeído;
Compostos de função cetona ou de função quinona;
Enzimas,
preparados de enzimas; Ésteres fosfóricos e seus sais e seus derivados halogenados,
sulfonados, nitrados ou nitrosados, incluindo os lactofosfatos; Ésteres dos
outros ácidos inorgânicos de não-metais (exceto os ésteres de halogenetos de
hidrogênio) e seus sais; seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou
nitrosados;
III
- metais de transição: são considerados como metais de transição os seguintes
metais: escândio, vanádio, manganês, cobalto, cobre, ítrio, nióbio, háfnio,
tungstênio, titânio, cromo, ferro, níquel, zinco, zircônio, molibdênio e
tântalo.
IV
- resíduos dos serviços de saúde: aqueles que são descritos e classificados
como resíduos de saúde, conforme Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de
2005;
V
- substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial: são aquelas
substâncias e medicamentos previstas ao controle especial pela Portaria
Ministério da Saúde nº 344, de de 12 de maio de 1998, e suas atualizações;
Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico
http://www.in.gov.br/autenticidade.html,
pelo código 00012012122000200