domingo, 3 de novembro de 2013

César Coll e Howard Gardner: pensadores da tecnologia e da educação

César Coll: entender o contexto é uma das chaves para a aprendizagem


Na década de 1990, o espanhol César Coll, professor de Psicologia Evolutiva na Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona e coordenador da reforma educacional espanhola, foi um dos principais consultores do Ministério da Educação (MEC), aqui no Brasil, na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Estes documentos, elaborados de acordo com a disciplina e com o segmento de ensino, oferecem diretrizes para a elaboração dos currículos escolares.

Um dos motivos pelos quais os PCNs não são um currículo “fechado”, mas apenas uma matriz de referência, deve-se à linha de pensamento de Coll e à teoria da Aprendizagem Significativa, criada pelo pensador americano David Ausubel (1918 – 2008). Para Ausubel, aprender significativamente é ampliar o repertório, isto é, dar um novo significado a ideias já existentes em nossa mente, com base em novas informações que recebemos. É como se criássemos novos links mentais, com base no conhecimento que já temos.

Cool segue nesta linha de pensamento. Para o espanhol, não importa o que o professor ensina, mas o que o aluno absorve na aprendizagem. E, para que o estudante aprenda, alguns aspectos devem ser levados em conta – como o ambiente em que ele está inserido e os conhecimentos prévios que já tem.



Howard Gardner, o pai da Teoria das Inteligências Múltiplas


Tentar diferenciar as pessoas e taxá-las de acordo com os níveis de inteligência não é uma ideia recente. Nos anos 400, os orientais inventaram testes que se propunham a medir a inteligência dos indivíduos para separá-los em castas. Mas foi apenas no início do século XX que essa ideia de “diagnosticar inteligências para melhorar o ensino” foi sendo incorporada, principalmente pelo trabalho do psicólogo francês Alfred Binet, que aprimorou os testes orientais e criou os famosos testes de QI (Quociente de Inteligência), que tinham como objetivo inicial identificar os alunos que precisavam de reforços extras nos estudos.

Durante décadas, compreendeu-se que a inteligência humana poderia ser medida de acordo com os resultados deste tipo de teste, mas hoje se sabe que os exames de QI avaliam, basicamente, nossa capacidade de raciocínio lógico. Além disso, nas últimas três décadas, a ideia de inteligência única começou a mudar graças aos conceitos desenvolvidos pelo psicólogo e professor norte-americano Howard Gardner, que lançou a Teoria das Inteligências Múltiplas na obra Frames of Mind, de 1983.

Gardner é autor de cerca de 20 livros sobre a teoria de que o ser humano possui mais de um tipo de inteligência e que, portanto, os processos de aprendizagem também devem ser individualizados. Suas ideias causaram grande impacto nos anos 1980, justamente por apresentar um caminho contrário ao do padrão de avaliação de inteligência mais aceito até então, o QI. “Poucos gênios são gênios em tudo. Einstein era um gênio matemático, Shakespeare era um gênio linguístico. Nós temos todos os potenciais, mas alguns são mais desenvolvidos”, exemplifica Celso Antunes, geógrafo, especialista em inteligência e cognição.



Brasil terá novo Inventário Florestal até 2016


Depois de trinta anos do primeiro inventário sobre as florestas do Brasil, o país terá um novo documento com informações sobre as florestas brasileiras. O primeiro e único Inventário Florestal Nacional do país é da década de 1980, e teve como principal foco o monitoramento dos estoques de madeira das florestas. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou que o novo documento será mais amplo e comprometido com a sustentabilidade. “O objetivo é gerar uma lógica de exploração sustentável, com emprego, desenvolvimento regional e proteção ambiental”.

O levantamento atual foi iniciado em Santa Catarina e no Distrito Federal em 2011 para testes, e começa a ser feito em escala nacional a partir deste ano. A previsão é que fique pronto até 2016. Segundo a ministra, o inventário terá um papel relevante para que o poder público oriente melhor as políticas ambientais. “Isso tem uma importância muito grande para a questão das concessões florestais, para o estoque de carbono, enfim, para conhecermos o que o Brasil tem em todas as suas dimensões florestais”.

Ela também ressaltou a importancia do documento para o traçado de uma política extrativista mais sustentável. “A importância não é só grande na estratégia de conservação, mas na estratégia econômica de apropriação sustentável que estamos construindo, de ampliar a participação da madeira nativa no mercado de consumo legal de madeira no Brasil”.

Para o diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o inventário é fundamental para o país. “O inventário florestal num país como o Brasil é um fator definitivo. Aqui a questão florestal é determinante, até porque há muitos dados contraditórios neste debate do Código Florestal, a legislação teve um conflito muito grande de interesses. Ele irá nortear uma ação de política pública em relação aos biomas”, disse à Rádio Brasil Atual.

Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, cerca de 62% dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do Brasil é território composto por florestas, portanto,além da pesquisa de campo, que será feita por universidades e instituições ambientais, haverá a análise de imagens feitas por satélite. O novo documento prevê ainda entrevistas com moradores locais e formas de uso das florestas.

O objetivo do Inventário Florestal é obter dados de vinte mil pontos florestais em todo o país, sendo que sete mil deles ficam na Floresta Amazônica. A cada cinco anos há previsão de atualização dos dados. Segundo Mantovani, o sucesso deste projeto pode possibilitar que os recursos florestais sejam democratizados. “Precisamos fazer com que todos os recursos que temos hoje se transformem em benefícios para todos, e não só para poucos segmentos.”

O custo total do novo inventário é estimado em R$ 150 milhões, dos quais R$ 65 milhões serão liberados pelo Fundo Amazônia, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES).

Fonte: http://www.acaoverde.org.br/v2/mostra.php?noticia=2069


sábado, 3 de agosto de 2013

CIENTISTAS DESCOBREM O QUE ESTÁ MATANDO AS ABELHAS, E É MAIS GRAVE DO QUE SE PENSAVA

Como já é sabido, a misteriosa mortandade de abelhas que polinizam US $ 30 bilhões em cultura só nos EUA dizimou a população de Apis mellifera na América do Norte, e apenas um inverno ruim poderá deixar os campos improdutíveis. Agora, um novo estudo identificou algumas das prováveis causas ​​da morte das abelhas, e os resultados bastante assustadores mostram que evitar o Armagedom das abelhas será muito mais difícil do que se pensava anteriormente.

As vendas de fungicidas cresceram mais de 30% e as vendas de inseticidas também cresceram significativamente no Brasil durante o primeiro trimestre de 2013. Divulgou a suíça Syngenta, uma das maiores empresas de agroqímicos e sementes do mundo. Crédito: Bem Margot/AP

Os cientistas tinham dificuldade em encontrar o gatilho para a chamada Colony Collapse Disorder (CCD), (Desordem do Colapso das Colônias, em inglês), que dizimou cerca de 10 milhões de colmeias, no valor de US $ 2 bilhões, nos últimos seis anos. Os suspeitos incluem agrotóxicos, parasitas transmissores de doenças e má nutrição. Mas, em um estudo inédito publicado este mês na revista PLoS ONE, os cientistas da Universidade de Maryland e do Departamento de Agricultura dos EUA identificaram um caldeirão de pesticidas e fungicidas contaminando o pólen recolhido pelas abelhas para alimentarem suas colmeias. Os resultados abrem novos caminhos para sabermos porque um grande número de abelhas está morrendo e a causa específica da DCC, que mata a colmeia inteira simultaneamente

Quando os pesquisadores coletaram pólen de colmeias que fazem a polinização de cranberry, melancia e outras culturas, e alimentaram abelhas saudáveis, essas abelhas mostraram um declínio significativo na capacidade de resistir à infecção por um parasita chamado Nosema ceranae. O parasita tem sido relacionado a Desordem do Colapso das Colônias (DCC), embora os cientistas sejam cautelosos ao salientar que as conclusões não vinculam diretamente os pesticidas a DCC. O pólen foi contaminado, em média, por nove pesticidas e fungicidas diferentes, contudo os cientistas já descobriram 21 agrotóxicos em uma única amostra. Sendo oito deles associados ao maior risco de infecção pelo parasita.
O mais preocupante, as abelhas que comem pólen contaminado com fungicidas tiveram três vezes mais chances de serem infectadas pelo parasita. Amplamente utilizados, pensávamos que os fungicidas fossem inofensivos para as abelhas, já que são concebidos para matar fungos, não insetos, em culturas como a de maçã.

“Há evidências crescentes de que os fungicidas podem estar afetando as abelhas diretamente e eu acho que fica evidente a necessidade de reavaliarmos a forma como rotulamos esses produtos químicos agrícolas", disse Dennis vanEngelsdorp, autor principal do estudo.

Os rótulos dos agrotóxicos alertam os agricultores para não pulverizarem quando existem abelhas polinizadoras na vizinhança, mas essas precauções não são aplicadas aos fungicidas.

As populações de abelhas estão tão baixas que os EUA agora tem 60% das colônias sobreviventes do país apenas para polinizar uma cultura de amêndoas na Califórnia. E isso não é um problema apenas da costa oeste americana - a Califórnia fornece 80% das amêndoas do mundo, um mercado de US $ 4 bilhões.

Nos últimos anos, uma classe de substâncias químicas chamadas neonicotinóides tem sido associada à morte de abelhas e em abril os órgãos reguladores proibiram o uso do inseticida por dois anos na Europa, onde as populações de abelhas também despencaram. Mas Dennis vanEngelsdorp, um cientista assistente de pesquisa na Universidade de Maryland, diz que o novo estudo mostra que a interação de vários agrotóxicos está afetando a saúde das abelhas.

“A questão dos agrotóxicos em si é muito mais complexa do acreditávamos ser", diz ele. "É muito mais complicado do que apenas um produto, significando naturalmente que a solução não está em apenas proibir uma classe de produtos.”

O estudo descobriu outra complicação nos esforços para salvar as abelhas: as abelhas norte-americanas, que são descendentes de abelhas europeias, não trazem para casa o pólen das culturas nativas norte-americanas, mas coletam de ervas daninhas e flores silvestres próximas. O pólen dessas plantas, no entanto, também estava contaminado com pesticidas, mesmo não sendo alvo de pulverização.

“Não está claro se os pesticidas estão se dispersando sobre essas plantas, mas precisamos ter um novo olhar sobre as práticas de pulverização agrícola", diz vanEngelsdorp

Fonte: Quartz News

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Embrapa desenvolverá pesquisas para controle da Helicoverpa armigera em Mato Grosso



A ameaça provocada pela lagarta Helicovespa armigera às lavouras mato-grossenses tem preocupado os produtores do estado. Para reduzir os riscos de perdas causadas pela praga, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está iniciando trabalhos de pesquisa e de transferência de tecnologia sobre o problema.

As ações fazem parte da distribuição de tarefas entre as instituições componentes do Grupo Helicoverpa Mato Grosso. O grupo de trabalho foi criado pela Aprosoja e reúne instituições de pesquisa e entidades de classe de todo o estado.

Neste primeiro momento a Embrapa se propôs a desenvolver duas pesquisas. Em uma delas será avaliado o efeito do sistema produtivo sobre a dinâmica da lagarta.

“Será que soja sobre milho, por exemplo, dá maiores condições para a proliferação da praga? E soja sobre braquiária? Queremos saber como o sistema produtivo influencia na propagação da praga”, explica o pesquisador da área de Entomologia da Embrapa Agrossilvipastoril, Rafael Pitta.

Em outra pesquisa será avaliada a suscetibilidade da Helicoverpa armigera a diferentes inseticidas químicos e biológicos. Segundo Pitta, serão testadas doses a fim de determinar uma dose diagnóstica em populações de laboratório suscetíveis. Posteriormente, esta dose será utilizada em populações de campo para aferir a porcentagem de mortalidade quando comparado à população de laboratório.

“Se morrerem menos de 95%, saberemos que um percentual maior apresenta algum grau de resistência. Esta ferramenta é importante para o produtor pensar na aquisição de produtos. Se a população está com razão de resistência a uma molécula, ele deverá evitá-la. É importante saber para que ele faça a rotação de produtos e evite a seleção de organismos resistentes”, explica o entomologista da Embrapa.

Atualmente as pesquisas estão em fase de planejamento. Os projetos estão sendo elaborados e até o fim de agosto serão submetidos à aprovação de um comitê técnico da Aprosoja.

Paralelamente à realização das pesquisas, a Embrapa também apoiará o desenvolvimento de ações de transferência de tecnologia em Mato Grosso, de modo a formar multiplicadores de conteúdo. Assim, será possível levar até os produtores informações atualizadas sobre o manejo da praga. 

A lagarta

Lagartas do gênero Helicoverpa estão presentes nas lavouras de todo o mundo. Um exemplo é a Helicoverpa zea, que ataca as espigas de milho nas plantações brasileiras. A espécie Helicoverpa armigera, entretanto, foi identificada pela primeira vez no Brasil em dezembro do ano passado. Atualmente ela já se encontra disseminada em boa parte do território nacional, inclusive em Mato Grosso, onde ainda não causou grandes prejuízos.
Pesquisas com o DNA da praga buscam identificar a forma de entrada da espécie no país, mas sabe-se que suas mariposas têm capacidade de voos a distâncias superiores a 1.000 km.

Uma das preocupações com a Helicoverpa armigera é o fato dela atacar várias espécies de interesse econômico, como soja, algodão, feijão, milho e tomate. Além disso, tem alta capacidade de dispersão dos indivíduos voadores (mariposas); elevada capacidade de reprodução e sobrevivência; potencial de desenvolvimento de resistência a inseticidas; e alta capacidade de adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo.

Entretanto, algumas medidas de controle já podem ser tomadas pelos produtores. A principal delas é fazer o monitoramento para avaliar a real necessidade de pulverizar. De acordo com o pesquisador Rafael Pitta é preciso ir ao campo, contabilizar o número de lagartas e saber identificar as espécies para evitar uso inadequado de produtos. Este monitoramento deve ser feito com pano de batida, podendo ser complementado utilizando armadilha luminosa e feromônio sexual.

“A armadilha luminosa vai atrair uma gama de espécies, entre ela a Helicoverpa armigera. Já o feromônio sexual é especifico e só virá a Helicoverpa, o que ajuda na em sua identificação. Somente em função deste monitoramento é que o produtor fará a pulverização. Reduzindo o numero de pulverizações, ele dá chance para a sobrevivência dos inimigos naturais que são importantes no controle natural da praga”, explica o pesquisador.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

16 PRINCÍPIOS DO VAREJO RESPONSÁVEL

1.      ÉTICA NOS NEGÓCIOS

Os varejistas devem buscar e oferecer aos consumidores informações transparentes, verdadeiras e compreensíveis sobre a origem e a produção dos produtos e serviços que comercializam e seus impactos nos princípios da sustentabilidade.


2.      PROCEDÊNCIA DOS PRODUTOS

Os varejistas devem buscar e oferecer aos consumidores informações transparentes, verdadeiras e compreensíveis sobre a origem e a produção dos produtos e serviços que comercializam e seus impactos nos princípios da sustentabilidade.


3.      CADEIA DE SUPRIMENTOS

Os varejistas devem influenciar a operação de sua cadeia de suprimentos, especialmente na criação e reforço de condições sociais e institucionais comprometidas com os princípios da sustentabilidade.


4.      EMPREGADOS

Os varejistas devem implementar proteções e garantias de trabalho decente para todos os seus empregados. Práticas e políticas de pessoal devem revigorar as relações humanas, trazendo significado para a vida das pessoas e criando ambientes abertos para a manifestação de opiniões e geração de ideias.


5.      OPERAÇÕES DOS NEGÓCIOS

Os varejistas devem atuar de forma transparente, dentro da legalidade e praticar, avaliar e auditar os princípios sociais, econômicos e ambientais da sustentabilidade em todas as etapas e locais de suas operações.


6.      LOGÍSTICA

Os varejistas devem estruturar seus processos de compra, transporte, armazenagem, comercialização e distribuição considerando a minimização dos impactos sociais, econômicos e ambientais do conjunto das partes interessadas.


7.      ATRIBUTOS DE QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOS

Os varejistas devem considerar no repertório de qualidade dos produtos e serviços comercializados, atributos como durabilidade, simplicidade, acessibilidade, clareza de informação, impactos econômicos, sociais e ambientais, excelência no atendimento e reconhecimento às ideias dos consumidores.


8.      ATENDIMENTO

Os varejistas devem atender os seus clientes com cortesia e atenção, procurando compreender as suas necessidades de consumo e orientar as suas opções de compra conforme os princípios do consumo consciente e da sustentabilidade, transmitindo essa cultura a todos os empregados, como importante diferencial do seu negócio.


9.      MARKETING

Os varejistas devem adotar estratégias de marketing que atendam às reais necessidades do consumidor. As campanhas de publicidade devem evidenciar as qualidades dos produtos e serviços que asseguram a saúde e a segurança do consumidor, incentivar o consumo consciente e desestimular o consumo supérfluo e o desperdício.


10. CONSUMO CONSCIENTE

Os varejistas devem contribuir ativamente para a elevação do grau de consciência do consumidor quanto à real necessidade de consumo, às propriedades do que é consumido e à destinação de todos descartes associados ao consumo.


11. CRÉDITO RESPONSÁVEL

Os varejistas devem contribuir ativamente para educar e estimular a responsabilidade e a competência do consumidor no uso do crédito como insumo saudável para sua vida financeira.


12. CONCORRÊNCIA

Os varejistas devem promover, como elo entre todos os componentes da cadeia de suprimentos e o consumo, um ambiente de colaboração com seus concorrentes, em temas referentes aos interesses e responsabilidades mútuos e coletivos.


13. INTERATIVIDADE COM AS COMUNIDADES

Os varejistas devem liderar, promover ou participar de parcerias com o poder público e/ou de movimentos articulados com as comunidades, que visem a melhoria das condições de vida da sociedade.


14. MERCADOS INCLUSOS

Os varejistas devem conhecer os impactos de suas operações e da produção e consumo dos produtos e serviços que comercializam, na geração de renda e no acesso ao consumo por parte das populações mais pobres, contribuindo para a sustentabilidade do país e das regiões que podem influenciar.


15. AUTORREGULAÇÃO E INTERATIVIDADE COM O PODER PÚBLICO

Os varejistas devem interagir com o poder público, contribuindo para o estabelecimento das leis aplicáveis à realização de seus negócios e, sempre que possível, adiantar-se ao estabelecido pela legislação, autorregulando seu comportamento e disseminando essas práticas em seu setor e em seus locais de influência.


16. MEIO AMBIENTE

Os varejistas devem assumir sua responsabilidade na redução da pegada social e ecológica da humanidade. Metas radicais e desafiadoras de contribuição para a melhoria das condições socioambientais devem ser adotadas e perseguidas.


Esses princípios são do 4º Prêmio Fecomércio de Sustentabilidade realizado pela FecomércioSP, em parceria com a fundação Dom Cabral (FDC), que reconhece iniciativas de todo o País com foco em inovação.


Sustentabilidade: Futuro do mercado depende de adaptação à economia verde

Estudo do Pnuma sugere que habilidades das empresas em adaptar-se às mudanças do meio ambiente serão essenciais para o setor privado nos próximos anos.



Um modelo de sociedade mais sustentável envolve, de um lado, consumidores mais conscientes e, de outro, empresas dispostas e preparadas a inovar no atendimento às suas demandas, oferecendo-lhes alternativas de produtos e serviços mais sustentáveis. Estudos como esse do Pnuma confirmam que é possível – e muito interessante do ponto de vista econômico – investir no sentido de alcançar o bem-estar desejado com um uso muitíssimo inferior de recursos naturais. Mais do que uma tendência, essa mudança de paradigma rumo à economia verde parece ser a alternativa viável para combater os efeitos dos padrões insustentáveis de produção e consumo que vêm sendo adotados há dezena de anos.

O futuro do setor privado dependerá, cada vez mais, da habilidade do comércio de adaptar-se às mudanças do meio ambiente, além de desenvolver bens e serviços que reduzam o impacto das mudanças climáticas.

A conclusão é parte de um relatório, divulgado pelo programa das Nações unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, no dia 21 de junho, em Nairóbi, capital do Quênia.


Mercado

O documento, “GEO-5 para o Negócio:Impactos de Mudanças Ambientais sobre o setor Corporativo”, cita a escassez de água, emissão de químicos nocivos e outras preocupações ambientais.

Segundo o relatório, o mercado também sofre com o impacto dos custos operacionais dos produtos e disponibilidade de matérias-primas.
Mas de acordo com o Pnuma, as mudanças ambientais também oferecem grandes oportunidades para os negócios e para empresários que saibam gerenciá-las.


Decisões Mais Criativas

O chefe do Pnuma, Achim Steiner, afirmou que o estudo fala sobre a realidade das mudanças e a escassez de recursos naturais, alem de delinear como decisões mais criativas, por parte do setor privado, podem ajudar o mundo a vencer esses obstáculos.

Segundo Steiner, o mundo está à procura de soluções, sejam elas para a economia de água, infraestrutura à prova das mudanças climáticas ou economia verde.

Os gastos com energia foram citados no relatório como exemplo dos hospitais, que consomem mais que o dobro de eletrecidade que um escritório do mesmo tamanho. No Brasil, os hospitais utilizam mais de 10% do consumo comercial de energia no país.

O estudo do Pnuma baseou-se no Panoram Ambiental Global (GEO 5), considerado a análise mais abrangente da ONUsobre o estado do meio ambiente no mundo.

A agencia da ONU faz ainda uma análise detalhada dos setores de construção, químicos, mineração, produção de alimentos e outras indústrias, e como o mercado pode se ajustar para vantagens competitivas em longo prazo.

domingo, 9 de junho de 2013

DESMATE NA AMAZÔNIA CAI 54% NO 2º SEMESTRE DE 2013

Para refletir. 
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O desmatamento da Amazônia legal (área que engloba os estados que possuem a vegetação amazônica – todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do maranhão) teve queda de 54% em março e abril de 2013, em comparação com o mesmo bimestre do ano passado.

Os dados foram divulgados sai 6 de maio deste ano pelo Instituto Nacional de Pesquisa (Inep), de São José do campo (SP), e fazem parte do relatório do sistema de monitoramente de desmatamento em tempo real da Mazônia Legal (Deter).

No período de 2013, a floresta perdeu uma área de 175,94 km¹², total equivalente a dez vezes o tamanho da Ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco. Em março e abril de 2012, a perda da vegetação captada pelo Inep foi de 383,19 km². Na comparação com o dematamento registrado no segundo bimestre de 2011, a queda foi mais acentuada: 70%.

De acordo com o Inep, foi possível visualizar em março 44% da área da região amazônica e, em abril, 58%. Segundo o Instituto, o restante ficou encoberto por nuvens, que impossibilitaram a detecção da área de desmatamento.

O Deter registra tanto áreas de corte raso, quanto os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidencia de degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desmatamento na região.


                                          
   Mato Grosso é o estado que mais desmata

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Segundo as informações do Inep, Mato Grosso foi o estado que mais registrou áreas de florestas devastadas no últimos dois meses. Os satélites detectaram um total de 83,57 km² de vegetação nativa derrubada em março e abril deste ano.no entanto, na comparação com o mesmo período de 2012, houve queda de 61%. Rondônia ficou na 2ª posição da lista dos estados qua mais detectaram a floresta, seguido do Amazonas e roraima.

Dados atuais

No fim de 2012, o Ministério do meio Ambiente divulgou que a Amazônia Legal registrou o menor índice de desmatamento desde que foram iniciadas as medições, em 1988, pelo Inep.
De acordo com dados do projeto de Monitoramento de Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que fornece taxas anuais de desmatamento, entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmatamento de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

O índice foi 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988.

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/05/desmate-na-amazonia-cai-54-no-2-bimestre-de-2013-em-relacao-2012.html


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Cúpula Mundial Juvenil de Sustentabilidade reúne 30 países

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O estilo de vida dos jovens de hoje refletiraá sobre o futuro. Para que esses reflexos sejam positivos, Berlin está sediando de 10 a 20 de maio de 2013, a 1ª Cúpula Mundial Juvenil de Sustentabilidade, com o tema “Juventude e Sustentabilidade na vida cotidiana”. O evento reúne 160 jovens entre 15 e 20 anos de 30 países, entre os quais emergentes e em desenvolvimento, como o Brasil, a China, Índia, Nepal, Rússia, EUA e Turquia.

O projeto é iniciativa da organização ambiental internacional YouThinkGreen, e tem como objetivo convidar os jovens do mundo a procurarem respostas para aspectos do desenvolvimento sustentável, assim como a que deem sugestões para um futuro mais responsável com relação ao meio ambiente.

Jovens no papel de adultos – Na cúpula. Os jovens dão suas próprias ideias quanto a desafios como as alterações climáticas, a degradação ambiental e a desigualdade social. Cultura, ciência, economia, política e mídia são alguns dos assuntos-chave da rodada de conversas. Os temas são examinados em palestras, discussões, workshops. Entre as empresas apoiadoras do projeto estão a Volkswagen e as fundações Marcator, Konrad Adenauer e Robert Bosch.

Segundo Kora Röslen, gerente de projetos da YouThinkGreen e uma das organizadoras da cúpuala, unidos, os jovens têm a oportunidade de agir em parceria com governos de diversos países, fazendo observações capazes de acelerar ou até mesmo modificar decisões a serem tomadas por seus representantes políticos.

Este é um momento de troca de ideias sobre como o planeta pode ficar mais sustentável, através de ações simples como: com que frequência a pessoa faz compras ou em que estilo viaja. Essas pequenas coisas podem transformar o futuro de nosso planeta para melhor ou para pior. “Cabe a nós decidir como queremos viver daqui a alguns anos”, observa Röslen, em entrevista à WD Brasil.

Sustentabilidade em destaque  - Além de uma exposição aberta ao público, o evento destaca ações participativas como a “Árvore da Esperança”, dando aos jovens a oportunidade de pensar sobre mudanças ecossociais e uma justiça social global que torne a vida praticável para todos. Acompanhada por música, flashmobs e outras interações, a “Árvore da Esperança” abre espaço para uma intensa torça de ideias.

À frente do bate-papo sobre o futuro dos jovens e do planeta foram escalados os cientistas Ernest Ulrich Von Weizäcker, pioneiro de desenvolvimento sustentável; o professor Hans Joachim Schellhnuber, diretor do Instituto de pesquisa do Impacto Climático em Potsdam; e o ator Hannes Jaenicke.

Kora Röslen enfatizou que os organizadores do evento esperam conseguir conscientizar os jovens para que já possam adotar um estilo de vida em que haja lugar para a reflexão sobre seu comportamento de consumo.

Composta por jovens embaixadores do clima em prol do desenvolvimento sustentável, a YouThinkGreen foi criada em meados de 2008. Eles desenvolveram projetos de sustentabilidade em seus respectivos países, além de participar da Cúpula Juvenil Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Alguns dos participantes foram qualificados por concurso público.


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POLÍTICA QUE INTEGRA LAVOURA, PECUÁRIA E FLORESTA ENTRA EM VIGOR EM SEIS MESES

O governo federal definiu os benefícios para agricultores que adotam sistemas integrados de recuperação de áreas degradadas. As normas fazem parte da Lei 12.805/13, que entra em vigor em seis meses, e institui a Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta publicada dia 30 de abril de 2013, no Diário Oficial da União.

A Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta tem entre seus objetivos a preservação e a melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo e a atenção aos princípios e às leis de proteção ambiental. A publicação também prevê o estímulo a medidas alternativas às queimadas, além do uso diversificado da terra com a finalidade de melhorar a renda do produtor rural.

Segundo o texto, a norma é uma “estratégia de produção sustentável que integra as atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área com vistas à recuperação de áreas degradas, à viabilidade econômica e à sustentabilidade ambiental”.

Um dos princípios estabelecidos visa à sustentabilidade econômica dos empreendimentos rurais por meio da melhoria dos índices de produtividade e de qualidade dos produtos agropecuários e florestais.
Entre os incentivos oferecidos pela lei está a criação e fomentação de linhas de crédito rural para obtenção de empréstimos em bancos oficiais e de benefícios associados a programas de infraestrutura rural (energia, irrigação e armazenagem, entre outros).