quarta-feira, 17 de agosto de 2011

DIA NACIONAL DE PARALIZAÇÃO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL RUI BARBOSA – NOVA MUTUM-MT
ALUNOS ENGAJADOS NO MOVIMENTO

A paralisação nacional dos profissionais da educação desta terça feira, 16 de agosto, foi convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para pedir o cumprimento da lei que estabelece um piso salarial para a categoria. A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos do que R$ 950,00. O valor do piso corrigido para 2011 é R$ 1.187

Texto publicado dia 16 de dezembro de 2010 no blog http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br
Em Agosto, falamos sobre os atuais rendimentos de um deputado no Congresso Nacional e suas mordomias. O Salário base de um deputado, sem as mordomias, O Salário base de um deputado, sem as mordomias, é hoje de R$ 16.512,09. Ontem, eles votaram o reajuste para R$ 26.700,00 ! Uau… que índice inflacionário eles usaram para atualizar os salários? Nossos nobres representantes alegam que o salário estava defasado… Mas 62% de reajuste? Depois disso, fico com a frase do Deputado Federal Tiririca, o mais votado do Brasil! Ontem, ele conheceu pela primeira vez o Congresso, e disse alegremente: “Puxa, nem comecei a trabalhar e já ganhei aumento!”. E dizem que ele é analfabeto, bobo, despreparado… Bobo sou eu por pagar meus impostos!
 Veja a composição dos rendimentos:
Salário Mensal: R$ 16.512,09 (2010). {Para 2011, R$ 26.700,00}
13º,+ 14º e 15º Salários;
Auxílio Moradia: R$ 3.000,00;
Cota Telefônica: R$ 4.000,00;
Passagens: R$ 9.000,00;
Assinaturas Mensais de Revistas: R$ 1.000,00;
Assistência Médica: R$ 8.000,00;
Verba Indenizatória: R$ 15.000,00;
Verba de Gabinete: R$ 60.000,00. 
E o trabalho não é de domingo a domingo, muito menos picam cartão de ponto. 
Fonte: ONG Transparência Brasil, extraído da Revista Superinteressante, edição 281 de Agosto/2010, 46-47.)
A paralisação nacional dos profissionais da educação de ontem, dia 16 de agosto de 2011, foi uma forma de cobrar o cumprimento do piso salarial do magistério, que determina que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos do que R$ 1.187,00 mensais. Algumas prefeituras alegam que faltam recursos para pagar o que determina a lei. Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com 1.641 prefeituras mostra que, considerando o piso como vencimento inicial, a média salarial paga a professores de nível médio variou, em 2010, entre R$ 587 e R$ 1.011,39. No caso dos docentes com formação superior, os valores variaram entre R$ 731,84 e R$ 1.299,59. Em alguns lugares, durante a paralisação, houve atos públicos, assembléias e passeatas. Em outros, o assunto não foi nem comentado, os alunos tiveram aula normal.
Na Escola Estadual Rui Barbosa, Nova Mutum-MT, os professores decidiram promover um movimento em prol de uma educação pública de qualidade, convidando os alunos a se engajarem na mobilização. Após um período de aula normal, os alunos, reunidos no refeitório da escola, ouviram uma fala da professora Leni Chiarello Ziliotto sobre a importância da educação para a construção de uma sociedade democrática cidadã, por isso, para o futuro profissional e pessoal de todos. Lembrou aos alunos quais as responsabilidades de cada segmento - professores, alunos, família e comunidade -, para que o ambiente escolar seja favorável à aprendizagem e ao desenvolvimento de competências e habilidades. Por fim a professora explicou os propósitos das paralisações dos profissionais da educação na história dos “movimentos pela educação de qualidade”.   
Após a fala da professora, os alunos produziram cartazes, slogans, paródias, textos, demonstrando apoio ao movimento nacional dos profissionais da educação do dia 16 de agosto. Os alunos compreenderam que, junto com a reivindicação de melhores salários, esses movimentos têm propósitos maiores, como o de propor Políticas Publicas comprometidas com a qualidade do ensino no Brasil.

REGISTRANDO MOMENTOS DA PALESTRA E DA ELABORAÇÃO DOS TRABALHOS





ALGUNS TRABALHOS PRODUZIDOS E ENVIADOS POR E-MAIL PELOS ALUNOS PARA SEREM DIVULGADOS

3ª Fase do 3º Ciclo – turma A - Matutino
Painel com os textos






3ª Fase do 2º Ciclo – Turma B – Vespertino
Paródia

ESTUDAR SIM, PARAR NÃO?

Vamos, vamos, minha gente
Vamos todos em ação
Junto com os professores
Nesta paralisação.

Lutar pelos nossos direitos
É dever do cidadão
Uma escola organizada
Com uma boa educação.

A merenda gostosinha
O regimento é ação
Pais, alunos e professores
Trabalhando em união.                                                                                                                                     

Aos nossos governantes
A quem confiamos a missão
Nesse apelo de reflexão
Façam mais pela educação

Nossa escola é pública
Com orgulho e paixão
Esperamos que esta parada
Contribua com a resolução!

Alunas: Victòria Valentina Neves da Silva e Gabriela Oliveira Guth
Orientadora: Professora Casturina Martins França Sessi



PARA REFLETIR
A EXTINÇÃO DOS PROFESSORES

O ano é 2.020 D.C. - ou seja, daqui a nove anos. Uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação: 
  
  – Vovô, por que o mundo está acabando?
  
  A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:
  
  – Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
  
  – Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
  
  O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
  
  – Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
  
  – Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
  
  – E como foi que eles desapareceram, vovô?
  
  – Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
  
  Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. Os professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.
  
  Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
  
  Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão.
  
 O texto acima  circula na internet desde 2009. Mas continua atual.
Recebido de Letícia de Abreu Gomes
Ms. Antropologia Social - Comitê de Articulação Local do Território da Paz/CE - DEPRO/SENASP/MJ
leticia.gomes@mj.gov.br


10 comentários:

Rossi disse...

Muito importante essa paralisação dos professores. Eles que ficam na escola ate tarde da noite tentando fazer uma boa aula para nós e de tanto que eles fazem por nós e não ganham quase nada.hoje em dia tem pessoas que não querem ser professor por causa disso e outras coisas mais. Eu acho que essa profissão deveria ter mais valor aos olhos do mundo, eles nos ensinou a ler, a escrever, para nos mostrar o que é certo e errado por isso essa profissão é uma das mais importantes para nossa vida!

eder disse...

Eu sou a favor da paralisação, a final sem professor não ha escola e nem profissionais, como medicos e advogados, sem eles ninguem e nada:

Nathalia Bloot disse...

Essa paralização foi pra mostra que os professores não estão sendo reconhecido como eles deviam, com essa paralizaçao eles lutarasm por melhor condiçoes de trabalho e salario mais digno. Eles nos ensina muita coisa importante e nos prepara pro futuro, por isso devemos dar mais valor a esse trabalho

Bruna disse...

acho essa paralisação importante porque os professores merecem, fazem de tudo para ensinar, e aprender com os alunos,madrugam montando aula para os alunos mas, ninguem os escuta, todos simplesmente usam a sala de aula como um palco de palhaçadas, nao levam a serio e nao respeitam o professor..
e muitas vezes essa paralização leva o nome de greve, e ao invez de apoiada, é desmoralizada e considerada um absurdo.
na minha opiniao, os professores sao uma das pessoas mais importantes para nossas vidas, porque assim como os nossos pais, o professor ensina, educa, ajuda.. e sem eles nao ganhamos o conhecimento que necessitamos. devemos valorizar mais, pois eles nao merecem tamanha humilhação que hoje jogamos a eles. vamos respeitar! sao pessoas importantissimas para o mundo.

Blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Blogger disse...
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Blogger disse...

Sou a favor dessa paralisação. Ela acontece no dia 16 de agosto em prol dos direitos legais dos professores. No mundo atual, os professores lutam pelos seus direitos e não são reconhecidos. Passam noites em claro produzindo material para as aulas, pesquisando, se atualizando dos assuntos do mundo para passar para os alunos, mas muitas vezes não são levados a sério. Todas as pessoas deveriam respeitar mais essa profissão que é tão importante para a vida das pessoas.

Flávia Marques disse...

Essa paralização para condições melhores de serviço dos professores eles passam horas preparando aulas tarde da noite e no fim do mês o salario e baixo e tem que aturar alguns alunos sem educação, nos tem que respeitar muito os professores, pois sem eles no futuro não vai haver médicos, advogados, engenheiros...

Flávia Marques disse...

Essa paralização para condições melhores de serviço dos professores eles passam horas preparando aulas tarde da noite e no fim do mês o salario e baixo e tem que aturar alguns alunos sem educação, nos tem que respeitar muito os professores, pois sem eles no futuro não vai haver médicos, advogados, engenheiros...

LENI CHIARELLO ZILIOTTO disse...

Queridos alunos, agradecemos a compreensão, o apoio e o carinho de vocês. Estamos, com bastante dificuldade, tentando sustentar uma das profissões fundamentais na construção de uma sociedade humana justa e solidaria, por isso sábia, muito mais que somente uma sociedade do conhecimento.
Abraço. Prof. Leni.