Maria, a judia ou Maria, a
Profetisa, é uma antiga filósofa grega e famosa alquimista que viveu no Egito
por volta do ano 273 a.C.. Alguns a situam na época de Aristóteles (384-322
a.C.), uma vez que a concepção aristotélica dos quatro elementos formadores do
mundo (o fogo, o ar, a terra e a água) condiz bastante com as ideias
alquimistas de Maria, como o axioma de
Maria: “o Um torna-se Dois, o Dois torna-se Três, e do terceiro nasce o Um
como Quatro”. Segundo Aristóteles, o enxofre era considerado a expressão do
elemento fogo, e Maria o tomou como base para os principais processos que
estudou. Ela mencionava o enxofre em frases sempre misteriosas, como “uma pedra
que não é pedra” e “tão comum que ninguém a consegue identificar”. Maria conta
que Deus lhe revelou uma maneira de calcinar cobre com enxofre para produzir
ouro. Esse enxofre era obtido do disulfeto de arsênico, que é achado em minas
de ouro. Talvez tenha sido essa a origem da lenda da transformação de metais
menos nobres em ouro.
Dentre as invenções de Maria estão
o kerotakis, uma espécie de barril
fechado e o banho de vapor: para um
aquecimento lento e gradual dos experimentos, em vez de manipular as
substâncias diretamente no fogo, ela descobriu que era possível controlar
melhor a temperatura se fosse por meio da água - que até hoje chamamos de banho
maia. Para além disso dois equipamentos de destilação (alambique), com duas ou
três saídas para destilados - o dibikos e
o tribikos - e um aparelho para
sublimação, sendo-lhe ainda atribuída a descoberta do ácido clorídrico. A maior
parte das suas escrituras foi conservada por Zósimo de Panópolis (300 d.C.).
Vários enigmáticos preceitos
alquímicos têm sido atribuídos a Maria. Ela supostamente disse da união de
opostos: Junta-se a um macho e uma fêmea
e encontrarás o que buscas.
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