A proposta de práticas pedagógicas com base na metodologia por projetos favorece a inter e a transdisciplinaridade, bastante compatível com escolas que trabalham por ciclo de formação humana, como é o caso das escolas estaduais de nível fundamental em Mato Grosso. Também é uma proposta que favorece a inclusão digital ao promover a utilização de diversas mídias disponíveis no mercado e possíveis aos envolvidos.
Pautado nisso está o projeto “Ambiente Cidadania Brasil”, da disciplina de Ciências da Natureza, desenvolvido na Escola Estadual Rui Barbosa de Nova Mutum-MT.
A construção deste blog como espaço virtual para postagem do material produzido, do estudo sistematizado, da atividade desenvolvida, prática ou teórica, favorece não somente os argumentos já expostos, como também a oportunidade para pais e comunidade acompanharem os trabalhos desenvolvidos na escola, opinar, participar, contribuir, “construir” a educação.
Os conteúdos programáticos listados pelo Sistema Nacional de Ensino para os anos finais do ensino fundamental na disciplina de Ciências da Natureza basicamente são: meio ambiente, ecossistemas, biomas, fauna, flora, funcionamento do organismo humano, saúde humana e responsabilidade, introdução à química e à física.
Assim sendo, cada ciclo procura estabelecer relações com a legislação ambiental brasileira, com ênfase à lei que esta tramitando no Congresso Nacional para modificação do texto: O Código Florestal Brasileiro, tema gerador eleito para o projeto desenvolvido durante o ano de 2011.
Promover a relação de teorias com práticas do dia a dia demanda ações que vão alem de leituras, explicações e questionários respondidos em sala de aula. Requer práticas cuja base é fazer, ou seja, construir, demonstrar, pesquisar, visitar, entrevistar, atuar. Com essa energia os alunos envolvidos já desenvolveram diversas atividades postadas nesse blog.
Hoje é a vez de uma entrevista realizada por uma equipe de alunos da 1º fase do 3º ciclo. Os alunos são: Robson Rodrigo Kurek, Poliana Ferreira Labres e Victor André Knorst Maestri. O entrevistado é o Sr. Alex Schmidt, Gerente Municipal em Nova Mutum/MT da ONG TNC. Essa entrevista configura-se em um complemento da pesquisa teórica feita pela equipe sobre o Código Florestal Brasileiro, disponível da sala de aula “1ª fase do 3º ciclo – Turma B”, que terá sequência com palestra sobre o tema nas dependências do Sindicato dos Produtores Rurais nessa sexta-feira, dia 21 de outubro. A palestra será proferida pelo Engenheiro Agrônomo Naildo da Silva Soares.
Segue a entrevista organizada em Power Point e apresentada pela equipe de alunos aos colegas na última aula da disciplina de Ciências da Natureza.
Na sequência, parte da teoria pesquisada sobre Código Florestal, sistematizada em Power Point por uma equipe de alunos e apresentada aos colegas de turma, antes de apresentar a entrevista.
Noticia veiculada no site da prefeitura municipal de Nova Mutum no dia 14 de março de 2011
Parceria vai possibilitar diagnóstico ambiental de Nova Mutum
A The Nature Conservancy (TNC), organização não governamental que atua em mais de 35 países desenvolvendo ações para conservar plantas, animais e ecossistemas, e o Ministério do Meio Ambiente, estão investindo mais R$ 15 milhões em 12 municípios de Mato Grosso, para levantar informações que irão auxiliar na regularização de passivos ambientais. Os recursos são do BNDES (Banco Nacional Desenvolvimento Econômico Social), via Fundo Amazônia, assim como do Banco Mundial, e a iniciativa conta com o apoio das prefeituras, entidades de classe e iniciativa privada.
Nova Mutum é um dos municípios onde o trabalho está começando. Representantes da ONG reuniram-se com representantes da prefeitura, câmara de vereadores, sindicato rural e empresas de assessoria ambiental, para apresentar o projeto. "Estamos em um estágio de definir o papel de cada um dentro do processo, para atingirmos juntos os mesmos objetivos", explicou Gina Timótheo, coordenadora da TNC em Mato Grosso.
O foco é a adequação ambiental de propriedades rurais, de maneira a se criar um cenário ideal para o produtor providenciar o licenciamento. O produtor precisa aderir projeto e a TNC, em parceria com a prefeitura, faz todo o diagnóstico da propriedade. Serão levantados dados com áreas de preservação permanente, além de passivos e ativos ambientais. "Com isso ele vai saber se tem problema, qual é o tamanho, quanto custa e qual a solução", disse.
Segundo Luciane Copetti, coordenadora regional da TNC, em Nova Mutum está sendo trabalhado na análise de dados já existentes. "Temos imagens de satélite do município e informações sobre áreas já georeferenciadas e certificadas pelo INCRA. Com isso, vamos identificar o que falta ser feito. Ao concluir teremos informações de 100% do município. Depois, os agricultores, através de seus engenheiros ou escritórios de preferência, terão informações completas e oficiais para encaminhar o licenciamento", disse.
Os R$ 15 milhões serão divididos entre os 12 municípios que integram o projeto. O recurso está sendo e será utilizado para a contratação da equipe para fazer o georeferenciamento, assim como os demais levantamentos necessários, a exemplo do diagnóstico de áreas exploradas e preservadas, assim como de vegetação remanescente.
Em Lucas do Rio Verde o trabalho já vem sendo desenvolvido há 4 anos e em Sorriso, há cerca de um ano e meio. Com recursos do BNDES o trabalho será realizado também em Nova Mutum, Tapurah, Nova Ubiratã, Sapezal, Campos de Julio, Cotriguaçu e Juruena. Já em Juína, Feliz Natal e Brasnorte, o pacto financeiro vem do Banco Mundial. "O processo todo dever ser desenvolvido ao longo de 4 anos, mas depende muito da dinâmica em cada município", explicou Gina.
Entre os presentes na reunião estiveram o prefeito Lírio Lautenschlager, o presidente da câmara, Luiz Carlos Gonçalves e do presidente do sindicato, Alcindo Uggeri. Eles foram unânimes ao dizer que trata-se de um projeto importantíssimo, já que vai ajudar os agricultores na regularização ambiental de suas propriedades. "O Cadastro Ambiental Rural - CAR, que será o fruto da iniciativa da TNC, atende inclusive uma das exigências para que os produtores passem a integrar o MutumGap, projeto de certificação que estamos trabalho desde 2009", disse Lírio.
